A Palavra do Ano 2017 é “incêndios”

Mais de 30.000 pessoas participaram na votação da Palavra do Ano 2017, promovida pela Porto Editora. "Incêndios" alcançou 37% dos votos, "afecto" e "floresta" completam o pódio, respectivamente

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Jiawei Chen/Unsplash

A Palavra do Ano 2017 é "incêndios", anunciou a Porto Editora, que promoveu esta escolha durante o passado mês de Dezembro, e na qual participaram 30.000 internautas. "Incêndios" alcançou 37% dos votos, impondo-se às restantes nove candidatas, foi anunciado na Biblioteca Municipal Ary dos Santos, em Sacavém, no concelho de Loures, nos arredores de Lisboa.

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A Palavra do Ano 2017 é "incêndios", anunciou a Porto Editora, que promoveu esta escolha durante o passado mês de Dezembro, e na qual participaram 30.000 internautas. "Incêndios" alcançou 37% dos votos, impondo-se às restantes nove candidatas, foi anunciado na Biblioteca Municipal Ary dos Santos, em Sacavém, no concelho de Loures, nos arredores de Lisboa.

A palavra "incêndios" foi escolhida por causa dos "sucessivos incêndios" que se fizeram sentir durante o ano passado em todo o país. O ano de 2017 "foi um dos mais trágicos de sempre, pela enorme quantidade de vítimas e pela dimensão da área atingida", justificou a Porto Editora, quando no início de Dezembro último apresentou as dez palavras candidatas.

No 2.º lugar, com 20% dos votos, ficou o vocábulo "afecto" e, no 3.º, "floresta", com 14% das escolhas. O 4.º lugar é ocupado pela palavra "vencedor", com 8% dos votos, um termo escolhido por, em Maio de 2017, "pela primeira vez, e de forma surpreendente", Portugal ter sido o país vencedor do Festival Eurovisão da Canção, "sendo de sublinhar o entusiasmo e o carinho que o cantor Salvador Sobral despertou junto dos portugueses", escreveu a Porto Editora.

No 5.º posto, ex-aequo — com 5% cada —, ficaram os termos "crescimento", uma palavra que "há bastante tempo não era usada para definir o comportamento da economia portuguesa, facto que foi notório ao longo do ano", e "cativação", palavra que se tornou muito visível e "algo controversa, na estratégia orçamental do Governo", no âmbito do "objectivo de manter o défice abaixo dos valores definidos com a União Europeia".

No 7.º lugar ficou "desertificação", que arrecadou 4% das intenções, e, no 8.º, ex-aequo, com 3% das intenções de voto, cada, ficaram os termos "gentrificação" e "peregrino". No último lugar ficou "independentista", com apenas 1%.

Esta foi a nona edição da iniciativa, tendo as palavras sido escolhidas através do site. Na primeira edição, em 2009, a Palavra do Ano foi "esmiuçar" e, em 2010, "vuvuzela", à qual se sucederam "austeridade" (2011), "entroikado" (2012), "bombeiro" (2013), "corrupção" (2014), "refugiado" (2015) e "geringonça" (2016).