Provedora de Justiça trabalha com estimativa de 125 mortos nos grandes fogos

Universo de vítimas mortais conhecido até agora era de 111 pessoas. Notícia foi avançada pela Rádio Renascença.

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Adriano Miranda

A provedora de Justiça estará a trabalhar com uma estimativa de 125 vítimas mortais directas e indirectas dos grandes incêndios de 2017, a 17 de Junho e 15 de Outubro, avançou nesta terça-feira a Rádio Renascença. O valor está a ser usado no processo de atribuição de indemnizações aos familiares das vítimas.

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A provedora de Justiça estará a trabalhar com uma estimativa de 125 vítimas mortais directas e indirectas dos grandes incêndios de 2017, a 17 de Junho e 15 de Outubro, avançou nesta terça-feira a Rádio Renascença. O valor está a ser usado no processo de atribuição de indemnizações aos familiares das vítimas.

O número terá sido comunicado pelo Ministério da Justiça à provedora de Justiça e está acima do universo dos 111 mortos (directos e indirectos) até agora contabilizados na soma das vítimas dos fogos de Pedrógão Grande e 15 e 16 de Outubro do ano passado.

Ainda segundo a Renascença, a estimativa de 125 mortos não é o número final de mortos nos grandes incêndios do ano passado. Trata-se de uma estimativa de trabalho que está a ser usada no processo de atribuição de indemnizações às famílias das vítimas. Será necessário averiguar as circunstâncias das mortes, sobretudo das indirectas.

A provedora de Justiça abriu até agora 43 processos de indemnização aos familiares das vítimas dos incêndios de Pedrógão Grande e 15 de Outubro do ano passado. Estes processos correspondem a 81 pedidos apresentados.

O gabinete da provedora de Justiça disse à Renascença que, em relação a 26 dos processos, Maria Lúcia Amaral fez já uma proposta de indemnização. Os familiares têm agora 30 dias para contestar ou aceitar o valor da indemnização - o Governo estipulou que o valor mínimo destas indemnizações será de 70 mil euros.

O PÚBLICO tentou sem êxito contactar o Ministério da Justiça.