Panteão Nacional deixa de receber jantares e cocktails
O Governo prometeu alterar a lei depois da polémica com o jantar da Founders Summit no corpo central do Panteão Nacional. Legislação, que já está pronta, permite jantares e cocktails em vários monumentos nacionais como os Jerónimos ou o Mosteiro da Batalha.
O Panteão Nacional vai deixar de poder ser alugado para jantares e cocktails. Mas é a excepção à regra, já que os restantes monumentos nacionais vão continuar a poder sê-lo. A nova legislação prometida pelo Governo já está pronta e aguarda pela autorização do Ministério das Finanças para avançar, diz o Expresso.
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O Panteão Nacional vai deixar de poder ser alugado para jantares e cocktails. Mas é a excepção à regra, já que os restantes monumentos nacionais vão continuar a poder sê-lo. A nova legislação prometida pelo Governo já está pronta e aguarda pela autorização do Ministério das Finanças para avançar, diz o Expresso.
Segundo aquele semanário, o Panteão Nacional só poderá ser alugado para a realização de eventos culturais como o lançamento de livros ou concertos de música erudita. As alterações à lei foram anunciadas depois da realização do jantar da Founders Summit no corpo central do monumento, a 10 de Novembro, que gerou muitas críticas, incluindo do primeiro-ministro António Costa.
Os preços dos alugueres também serão revistos e passam a ser mais caros. O corpo central passará a custar cinco mil euros em vez de mil e o coro alto mil euros em vez dos actuais 750. A mesma variação se aplica à sala sul. Também o terraço fica mais caro, passando a custar quatro mil euros em vez de mil. A excepção é o adro, que se manterá nos 1500 euros.
Os restantes monumentos nacionais, incluindo os mosteiros dos Jerónimos ou da Batalha, aos quais a lei também atribui o estatuto de Panteão Nacional, vão continuar a poder ser alugados para jantares e cocktails. Segundo o novo regulamento, adianta o semanário, os cocktails nos Jerónimos só poderão realizar-se no antigo refeitório por 7500 euros. Os claustros continuam a poder ser alugados para eventos doutra natureza, nas a respectiva lotação desce de mil para 470 pessoas .
Já no Mosteiro da Batalha ficam proibidas quaisquer refeições no Claustro Real, mas continuará a ser possível jantar no Claustro D. Afonso V por três mil euros. Os cocktails naquele espaço custarão 1500 euros.
A decisão de não excluir, afinal, a realização de cocktails nos Jerónimos e de jantares na Batalha contradiz o que o ministro da Cultura prometera quando anunciou a revisão da lei. Um recuo ao qual não terão sido alheias as críticas do autarca da Batalha, Paulo Baptista Santos, que considerara "um disparate do tamanho do mosteiro" a projectada proibição total de banquetes naquele monumento.