Putin apresenta-se como candidato independente às presidenciais
Kremlin diz que apelo de boicote às eleições do próximo ano lançado por Navalni pode ser ilegal.
Vladimir Putin apresentou esta quarta-feira a documentação necessária para se registar como candidato independente às eleições presidenciais de 2018, dias depois de o activista da oposição Alexei Navalni ter sido impedido de concorrer.
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Vladimir Putin apresentou esta quarta-feira a documentação necessária para se registar como candidato independente às eleições presidenciais de 2018, dias depois de o activista da oposição Alexei Navalni ter sido impedido de concorrer.
O Presidente russo dirigiu-se pessoalmente à sede da Comissão Central de Eleições para apresentar os documentos requeridos para que a sua candidatura seja aceite.
Putin decidiu concorrer às eleições de 18 de Março como candidato independente, prescindindo do apoio formal do partido Rússia Unida.
Na terça-feira, centenas de políticos e celebridades organizaram uma cerimónia em Moscovo para manifestar o seu apoio à candidatura do actual Presidente, com o lema “Presidente forte, Rússia forte”.
Com uma taxa de aprovação em torno dos 80%, Putin concorre praticamente sozinho e a sua reeleição para um quarto mandato presidencial está assegurada. Porém, o grande objectivo do líder russo é reforçar a sua legitimidade depois de quase 18 anos no poder – e, para isso, o seu círculo próximo vê como imprescindível uma participação elevada nas eleições.
Na segunda-feira, a Comissão Central de Eleições vetou a candidatura de Navalni, alegando que o activista é inelegível por ter sido condenado num caso de fraude em 2013. Nos últimos anos, Navalni tornou-se no rosto mais conhecido da oposição a Putin, sobretudo pelas denúncias de corrupção e desvio de dinheiros públicos contra figuras do regime.
Como resposta à proibição de se candidatar, Navalni instou os seus apoiantes para que boicotem as eleições do próximo ano. O Kremlin sugeriu que o apelo lançado pelo activista pode ser ilegal e abrir caminho a mais processos.
Esta quarta-feira, Navalni apelou à realização de manifestações em toda a Rússia a 28 de Janeiro