Greve na distribuição começa nesta sexta-feira. Empresas garantem funcionamento normal

A greve continua no fim-de-semana, vésperas de Natal, também com os trabalhadores das lojas Lidl, Minipreço, Pingo Doce e Continente.

Foto
DR

Os trabalhadores dos armazéns dos super e hipermercados iniciam nesta sexta-feira uma greve a que se juntará o pessoal das lojas no sábado e no domingo, mas as empresas prevêem o normal funcionamento dos estabelecimentos.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Os trabalhadores dos armazéns dos super e hipermercados iniciam nesta sexta-feira uma greve a que se juntará o pessoal das lojas no sábado e no domingo, mas as empresas prevêem o normal funcionamento dos estabelecimentos.

A greve, convocada pelos sindicatos da CGTP, tem como objectivo pressionar a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED) a evoluir na negociação do Contrato Colectivo do sector para que se concretizem aumentos salariais, alterações de carreira e regulamentação dos horários de trabalho.

A APED emitiu uma nota de imprensa em que garante "o normal funcionamento de todos os estabelecimentos", apesar da paralisação de três dias.

Na sexta-feira o protesto abrange só o pessoal dos armazéns e centros de logística.

Os trabalhadores do Lidl em greve vão concentrar-se às 6:30 no entreposto de Braga e às 11:00 junto à sede da empresa no Linhó, Sintra, onde estará também o secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos.

Os trabalhadores da logística da Sonae vão concentrar-se às 8:00 junto ao seu local de trabalho, na Maia, Porto, enquanto os do Minipreço protestam às 9:00 junto ao armazém de Torres Novas.

A greve continua no fim-de-semana, vésperas de Natal, também com os trabalhadores das lojas Lidl, Minipreço, Pingo Doce e Continente.

Isabel Camarinha, presidente da Federação dos Sindicatos dos Trabalhadores do Comércio, disse à agência Lusa que a paralisação deverá ter "uma forte adesão, tendo em conta o descontentamento dos trabalhadores pelo arrastamento da negociação do Contrato Colectivo".

"Mas isso não quer dizer que as lojas encerrem porque a maioria consegue manter-se aberta com muito poucos trabalhadores", disse a sindicalista.

A APED garante que "estão asseguradas todas as condições para que os consumidores portugueses possam aceder a todos os serviços habitualmente prestados nesta época festiva pelos hipermercados, supermercados e lojas de retalho não alimentar/especializado dos associados da APED".

No comunicado, a APED reiterou o seu respeito pelo direito à greve dos trabalhadores do sector da distribuição, mas lamentou que esta ocorra em pleno processo de negociação dos termos e condições do Contrato Colectivo de Trabalho.

As empresas associadas da APED empregam 111 mil trabalhadores.

A última reunião negocial entre a APED e os sindicatos ocorreu no passado dia 4.