Seis universidades vão estudar o Português como língua de herança
Instituto Camões apadrinha estudo das motivações para a aprendizagem da língua por estrangeiros e lusodescendentes e criação de um consórcio de reflexão para o Português Língua não Materna.
Seis universidades – duas estrangeiras e quatro nacionais – assinaram nesta terça-feira um protocolo com o Instituto Camões com o objectivo de promover o estudo da língua portuguesa como língua estrangeira e língua de herança, mediante a criação de um Consórcio de Reflexão para o Português Língua não Materna e Língua de Herança.
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Seis universidades – duas estrangeiras e quatro nacionais – assinaram nesta terça-feira um protocolo com o Instituto Camões com o objectivo de promover o estudo da língua portuguesa como língua estrangeira e língua de herança, mediante a criação de um Consórcio de Reflexão para o Português Língua não Materna e Língua de Herança.
“A génese do consórcio, que integra as universidades de Lancaster (Reino Unido) e de Tübingen (Alemanha), bem como as universidades portugueses do Minho, do Porto, de Lisboa e a Nova de Lisboa, permite ao Camões, I.P. assumir um papel de congregador científico dos centros de reflexão associados ao ensino de português como língua não materna e de herança em Portugal, bem como de catalisador de um trabalho de parceria e de cooperação nacional e internacional”, afirmou o secretário de Estado das Comunidades, José Luís Carneiro.
Entre os objectivos de investigação do consórcio está o estudo da motivação dos alunos e dos pais para a aprendizagem do português, mediante inquéritos e entrevistas, e o estudo e reflexão com vista à constituição do primeiro corpus de português língua de herança do mundo, acrescentou o governante, esclarecendo que o papel do Instituto Camões será articular as redes de ensino e as missões diplomáticas no estrangeiro que contem com diáspora portuguesa que não tenham estruturas de ensino.
Por seu lado, as universidades comprometem-se a promover projectos de investigação na área do português língua estrangeira e língua de herança, assim como criar estruturas de apoio à investigação e de formação de investigadores nesta área e disponibilizar as condições logísticas da Universidade, bem como o seu corpo docente e técnico, para viabilizar a concretização de seminários, simpósios e outras iniciativas no âmbito deste protocolo.
“O corpus em pauta poderá contar, logo de início, com cerca de 6300 alunos da Alemanha e do Reino Unido e, uma vez alargado a outros países, com uma população estimada, actualmente, em 63.500 alunos”, afirma o governante.