Rose McGowan responde às actrizes que querem vestir de negro: "Talvez devam usar Marchesa"
Marchesa, a marca de Georgina Chapman, ex-mulher do produtor Weinstein, foi criada em 2004.
Várias actrizes anunciaram que na próxima cerimónia dos Globos de Ouro vão vestir de negro como forma de protesto contra o assédio sexual em Hollywood. Mas há quem não concorde, como é o caso de Rose McGowan, uma das primeiras a denunciar Harvey Weinstein, que mandou um recado a Meryl Streep pelo Twitter. Streep tentou contactá-la todo o fim-de-semana, mas na impossibilidade de falar com a actriz que acusa o produtor de violação, decidiu escrever um comunicado, publicado pelo Huffington Post.
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Várias actrizes anunciaram que na próxima cerimónia dos Globos de Ouro vão vestir de negro como forma de protesto contra o assédio sexual em Hollywood. Mas há quem não concorde, como é o caso de Rose McGowan, uma das primeiras a denunciar Harvey Weinstein, que mandou um recado a Meryl Streep pelo Twitter. Streep tentou contactá-la todo o fim-de-semana, mas na impossibilidade de falar com a actriz que acusa o produtor de violação, decidiu escrever um comunicado, publicado pelo Huffington Post.
“As actrizes, como Meryl Streep, que trabalharam para o Pig Monster, estão a vestir-se de preto para os Globos de Ouro num protesto silencioso", escreveu. "O teu silêncio é o problema. Tu vais aceitar um prémio falso sem fôlego e sem fazeres nenhuma mudança real. Desprezo a tua hipocrisia. Talvez devesses usar Marchesa", acrescentou, referindo-se à marca de roupa criada por Georgina Chapman, que foi casada com Weinstein até o escândalo estalar em Outubro passado.
Apesar de muitos presumirem que a marca não ia sobreviver ao escândalo, o que é certo é que vai voltar à Semana da Moda de Nova Iorque já em Fevereiro, aponta o Hollywood Reporter. A Marchesa, que Chapman criou com Keren Craig, em 2004, foi beneficiada nas produções de Harvey Weinstein, diz a Refinery29. Por exemplo, a actriz Felicity Huffman contou, em Outubro, que Weinstein a obrigou a usar Marchesa quando promoveu o filme Transamerica, em 2005.
No entanto, há quem defenda a marca como é o caso de Meghan McCain, filha do senador do Arizona, que usou Marchesa no dia do seu casamento. “Por que é que as duas designers devem ser punidas pelo comportamento nocivo de um homem? Eu simplesmente não queria sentir que as pessoas que trabalharam no vestido também deveriam ser punidas", confessou, citada pela People.
E a marca não tem sido prejudicada pelo escândalo Weinstein, segundo um executivo da Neiman Marcus, as vendas da Marchesa não foram afectadas.