Aprendizagem ao longo da vida abrange mais um milhão de adultos do que há dez anos
Dados são do INE. O conceito de aprendizagem ao longo da vida compreende a participação em alguma actividade de educação formal.
Mais de três milhões de adultos participaram, em 2016, em actividades de aprendizagem ao longo da vida, mais cerca de um milhão do que em 2007, revela o Inquérito à Educação e Formação de Adultos do INE, nesta sexta-feira divulgado.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Mais de três milhões de adultos participaram, em 2016, em actividades de aprendizagem ao longo da vida, mais cerca de um milhão do que em 2007, revela o Inquérito à Educação e Formação de Adultos do INE, nesta sexta-feira divulgado.
Este aumento representa um crescimento de 20 pontos percentuais numa década, já que o número de pessoas que participou em actividades de aprendizagem ao longo da vida (ALV) subiu de 30,9% em 2007 (2,1 milhões) para 50,2% em 2016, (3,2 milhões de pessoas).
"Para o aumento da importância relativa da ALV contribuiu, em maior medida, a participação em educação não formal, cuja proporção duplicou, passando de 23,1% em 2007 para 45,2% em 2016", refere a publicação Educação e formação de adultos em Portugal: retrato estatístico de uma década (2007-2016).
O conceito de aprendizagem ao longo da vida compreende a participação em alguma actividade de educação formal, ministrada em instituições de educação, conducente a um nível de escolaridade, ou não formal (actividade organizada de formação, profissional ou outra, numa dada área de competências, mas que não equivale a um nível de escolaridade).
Em 2016, 86,4% dos participantes em actividades de educação não formal disseram que pelo menos uma das actividades realizadas se relacionava com a actividade profissional.
Relativamente à participação em educação formal, depois de um aumento entre 2007 e 2011 (de 12% para 16,6%), registou-se um decréscimo em 2016 (para 11,3%), adiantam os dados do Instituto Nacional de Estatística.
As taxas de participação em actividades de ALV mais elevadas registaram-se, no ano passado, em Lisboa (56,1%) e na região Centro (52,9%), na população mais jovem (80,7%), nos mais escolarizados (72,6%), nos estudantes (98,1%), nos profissionais mais qualificados (76,1%) e na população com hábitos de leitura.
Os dados do INE salientam ainda a participação em actividades de aprendizagem informal, que mais do que duplicou na última década, alcançando 5,7 milhões de pessoas em 2016 (2,8 em 2007).