Metade dos candeeiros públicos terá lâmpadas LED em 2021
Autarquia vai substituir as lâmpadas de Monsanto, Chelas e de avenidas como a Infante D. Henrique e a Marechal Gomes da Costa. Poupança anual ultrapassa o meio milhão de euros.
A Câmara Municipal de Lisboa quer que metade dos candeeiros da cidade tenha lâmpadas LED até 2021. Para o ano vão ser instaladas lâmpadas destas em 5500 candeeiros, que actualmente têm outras, mais antigas, que gastam mais. A autarquia prevê, assim, reduzir a factura da luz em mais de meio milhão de euros e o consumo energético em cerca de 4,5 quilowatts.
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A Câmara Municipal de Lisboa quer que metade dos candeeiros da cidade tenha lâmpadas LED até 2021. Para o ano vão ser instaladas lâmpadas destas em 5500 candeeiros, que actualmente têm outras, mais antigas, que gastam mais. A autarquia prevê, assim, reduzir a factura da luz em mais de meio milhão de euros e o consumo energético em cerca de 4,5 quilowatts.
Na segunda-feira será aprovada a abertura de um concurso público para substituir 4976 lâmpadas de descarga por LED, a que se somam outras cuja troca já estava prevista. Segundo a proposta a que o PÚBLICO teve acesso, e que é assinada pelos vereadores Manuel Salgado e José Sá Fernandes, a intervenção vai acontecer nos candeeiros de avenidas importantes de Lisboa, como a Marechal Gomes da Costa e a Infante D. Henrique. Mas também em grande parte do bairro de Chelas, em algumas zonas de Belém e no Parque Florestal de Monsanto.
“Já que Monsanto é uma zona verde certificada, então que tenha uma eficiência energética melhor”, diz o vereador Sá Fernandes, que estabelece como meta instalar lâmpadas LED em “pelo menos mais 25 mil candeeiros até 2021”. O que significaria que, nesse ano, mais de 35 mil candeeiros teriam essa tecnologia, ficando a faltar outro tanto.
“Temos de ter muita cautela com este investimento”, sublinha o responsável pelo Ambiente, Estrutura Verde, Clima e Energia. Isto porque o tipo de lâmpadas utilizadas varia consoante a zona da cidade e há que analisar o custo-benefício da substituição, afirma. “Temos feito isto com os pés no chão para não cometermos erros.”
As substituições previstas no concurso público incidem sobre lâmpadas “em fim de vida útil”, mas também sobre “todos os apoios em mau estado de conservação”. Ou seja, em certos casos os candeeiros serão integralmente trocados. A proposta refere uma “redução da factura energética anual de cerca de 536.510 euros”, o que, nas contas da autarquia, significa que o retorno do investimento chegará daqui a seis anos. O concurso público tem o preço-base de 3,3 milhões de euros.
A instalação de lâmpadas LED tem-se vindo a fazer progressivamente, também à medida que são concluídas as diversas obras de reabilitação da cidade. Este ano foi aplicada esta tecnologia em 2600 candeeiros, o que é mais de metade do número de candeeiros intervencionados nos últimos sete anos (4200). “Nós temos mesmo de ter poupanças energéticas, quer na iluminação, quer nos edifícios”, afirma Sá Fernandes. Para breve fica prometido o lançamento de uma iniciativa para “incentivar os grandes consumidores” a reduzirem os seus consumos.