Chris Froome com doping positivo na Volta a Espanha

Ciclista britânico testou positivo à substância salbutamol, um broncodilatador. Atleta lembra que é asmático, mas afirma que respeitou sempre as doses permitidas na competição.

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Chris Froome conquistou a "dobradinha" Tour-Vuelta em 2017, algo que não acontecia desde 1978 Reuters/JEAN-PAUL PELISSIER

O vencedor da Volta a Espanha deste ano, o britânico Chris Froome, apresentou um resultado positivo de doping nessa competição, informou nesta quarta-feira em comunicado a União Ciclista Internacional (UCI).

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O vencedor da Volta a Espanha deste ano, o britânico Chris Froome, apresentou um resultado positivo de doping nessa competição, informou nesta quarta-feira em comunicado a União Ciclista Internacional (UCI).

Numa análise, o ciclista que venceu quatro vezes a Volta à França, incluindo a de 2017, teve resultado positivo à substância salbutamol, um broncodilatador. “A análise da amostra B confirmou o resultado da amostra A do corredor” da equipa Sky, precisou a UCI.

O ciclista já reagiu em comunicado e atribui os resultados das análises à sua condição de asmático. “Todos sabem que sofro de asma e conheço perfeitamente as regras. Uso um inalador para gerir os meus sintomas (sempre de acordo com os limites permitidos) e sei que sou testado nos dias em que usar a camisola de líder da corrida”, começa por assinalar. 

Ao vencer a 72.ª Volta a Espanha, Chris Froome tornou-se o 10.º ciclista a conseguir vencer duas “grandes voltas” no mesmo ano, conseguindo a “dobradinha” Tour-Vuelta, que não acontecia desde 1978.

“A minha asma piorou na Volta e por isso segui o conselho da equipa médica para aumentar a dose de Salbutamol”, disse o corredor. “Como sempre, tive o cuidado de garantir que não ultrapassava a dosagem permitida. Levo a minha posição de liderança na equipa muito a sério. A UCI tem todo o direito de examinar os resultados do teste e, com a equipa, fornecerei qualquer informação necessária.”

Froome, que com a prova espanhola chegou aos cinco triunfos nas “três grandes”, o sétimo melhor registo histórico, cumpriu a “dobradinha” mais rara, uma vez que, além de Hinault, apenas o também francês Jacques Anquetil, em 1963, logrou vencer as duas provas no mesmo ano.