Antigo médico da equipa de ginástica dos EUA condenado a 60 anos de prisão
Em causa está a posse de pornografia infantil
Larry Nassar, antigo médico da equipa de ginástica dos Estados Unidos acusado de ter molestado três medalhadas olímpicas, foi nesta quinta-feira condenado a 60 anos de prisão, por um tribunal do Michigan, por posse de pornografia infantil.
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Larry Nassar, antigo médico da equipa de ginástica dos Estados Unidos acusado de ter molestado três medalhadas olímpicas, foi nesta quinta-feira condenado a 60 anos de prisão, por um tribunal do Michigan, por posse de pornografia infantil.
A informação, recolhida pela AFP, foi avançada pelo jornal local Lansing State Journal, que cita a juíza do tribunal de Grand Rapids. Janet Neff defendeu que ficou demonstrado que Nassar, de 54 anos, não pode estar em contacto com crianças, depois de terem sido encontradas mais de 37.000 imagens e vídeos de pornografia infantil no seu computador.
Esta é a primeira condenação do antigo médico da equipa de ginástica dos Estados Unidos, que ainda enfrenta outro processo por abuso sexual de menores no Michigan.
Em 22 de Novembro, Larry Nassar admitiu ter molestado várias raparigas enquanto trabalhava para a equipa de ginástica dos Estados Unidos e para a Universidade do Michigan.
O clínico foi formalmente acusado de molestar sete raparigas, a maioria das quais na clínica do campus universitário do Michigan e na sua área de residência, em Lansing.
Em audiência, no tribunal de Ingham, Nassar reconheceu ter "penetrado manualmente" as vítimas e assumiu que a sua conduta não tinha qualquer propósito médico, nem foi consentida pelas raparigas.
O Ministério Público pediu uma pena mínima de prisão de 25 anos, mas o juiz pode determinar que esta chegue aos 40.
Paralelamente, Nassar está a ser acusado de crimes similares em Eaton County, a localidade de um clube de ginástica de elite.
Gabby Douglas, Aly Raisman e a McKayla Maroney, três dos membros da equipa feminina de ginástica 'Fierce Five', reconheceram publicamente terem sido vítimas de Larry Nassar, que trabalhou quase duas décadas como médico da selecção de ginástica dos Estados Unidos até ser demitido em 2015.