Showrunners de American Gods abandonam a série
A adaptação televisiva do livro de Neil Gaiman tem uma segunda temporada confirmada desde Maio, mas Bryan Fuller e Michael Green, os produtores executivos que estavam aos comandos da produção, saíram do projecto. Mais de metade dos guiões da época já estavam escritos.
American Gods foi uma das melhores séries que se estrearam este ano. Logo após se ter estreado, em Maio, a adaptação televisiva do romance de Neil Gaiman lançado em 2001 foi renovada para uma segunda temporada. Tudo parecia estar a correr bem. Mas, esta quarta-feira, foi anunciado que Bryan Fuller e Michael Green, os produtores executivos que estavam aos comandos da série (os chamados showrunners), tinham abandonado o projecto, já com mais de metade dos guiões dos episódios escritos. A série, um original do canal norte-americano Starz, está disponível em Portugal através do serviço de streaming Amazon Prime.
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American Gods foi uma das melhores séries que se estrearam este ano. Logo após se ter estreado, em Maio, a adaptação televisiva do romance de Neil Gaiman lançado em 2001 foi renovada para uma segunda temporada. Tudo parecia estar a correr bem. Mas, esta quarta-feira, foi anunciado que Bryan Fuller e Michael Green, os produtores executivos que estavam aos comandos da série (os chamados showrunners), tinham abandonado o projecto, já com mais de metade dos guiões dos episódios escritos. A série, um original do canal norte-americano Starz, está disponível em Portugal através do serviço de streaming Amazon Prime.
Não é a primeira vez que Fuller faz algo do género. O idiossincrásico argumentista, conhecido por ter criado séries como Hannibal ou Mal-Me-Quer, Bem-Me-Quer (Pushing Daisies, no original), já tinha abandonado Star Trek: Discovery em 2016, antes da estreia, para se dedicar em pleno a American Gods. Desta feita, segundo a Variety, que anunciou em primeira mão a notícia, a razão da demissão será o orçamento de cada episódio – que rondará os 8 milhões e meio de euros –, que eles queriam que fosse mais alto. Já o site TVLine fala de rumores sobre um conflito entre os produtores e a FremantleMedia, produtora da série, por causa da duração e do rumo da temporada. Até agora, ainda não houve reacções oficiais quer da Starz, da Fremantle ou de Fuller e Green.
Ainda não se sabe quem tomará as rédeas do projecto, ou se a série irá sequer continuar. Nas horas após o anúncio da saída dos produtores surgiram rumores de que Neil Gaiman iria tomar o lugar dos dois, mas o escritor britânico negou-os no Twitter. O criador disse estar ocupado a trabalhar na adaptação de Good Omens, outra obra sua de 1990, escrita a meias com Terry Pratchett, até ao final do ano, e estar a planear reformar-se da gestão de séries de televisão para voltar a concentrar-se nos livros.
American Gods gira à volta de Shadow Moon (Ricky Whittle), um homem que, depois de sair da prisão, é contratado por um misterioso homem chamado Mr. Wednesday (Ian McShane) para trabalhar como guarda-costas e lhe fazer todo o tipo de tarefas, o que acaba por pôr Shadow no centro de lutas entre deuses.
Os argumentistas têm outros projectos em mãos: Fuller está a trabalhar, para a Apple, numa nova versão de Contos Assombrosos, a série de antologia de ficção científica dos anos 1980 co-criada e produzida por Steven Spielberg. Já Green, que trabalhou em três filmes lançados este ano, entre a adaptação deste ano de Um Crime no Expresso do Oriente, que vai ter uma sequela também escrita por ele, o mais recente Blade Runner e Logan, está ocupado no Netflix, a fazer uma série de super-heróis chamada Raising Dion, com Michael B. Jordan.