MNE admite apoiar candidatura à OIM, mas não diz de quem
Está aberto o processo de escolha de um novo director para a Organização Internacional das Migrações. Segundo a SIC, António Vitorino será candidato.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros confirma que está “a ponderar” apoiar uma candidatura à direcção da Organização Internacional das Migrações (OIM), uma instituição das Nações Unidas, num processo eleitoral que decorre em Junho de 2018, mas não adianta quem poderá encarnar essa candidatura.
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O Ministério dos Negócios Estrangeiros confirma que está “a ponderar” apoiar uma candidatura à direcção da Organização Internacional das Migrações (OIM), uma instituição das Nações Unidas, num processo eleitoral que decorre em Junho de 2018, mas não adianta quem poderá encarnar essa candidatura.
“Portugal atribui grande importância ao processo de renovação da Organização Internacional para as Migrações decorrente da escolha de um novo director-geral e pondera participar activamente nesse processo”, lê-se numa nota do MNE enviada ao PÚBLICO em resposta à pergunta se confirmava a candidatura de António Vitorino, noticiada pela SIC Notícias.
Segundo o canal, o Governo já estará a preparar a candidatura de António Vitorino, mas o MNE preferiu, para já, não confirmar essa informação. O PÚBLICO tentou também contactar António Vitorino, mas ainda não obteve resposta.
Antigo ministro da Presidência e da Defesa Nacional de António Guterres, o advogado poderá agora tentar voltar a trabalhar com o seu correligionário socialista, agora no quadro das Nações Unidas, e numa função muito próxima da que o próprio Guterres desempenhou antes de ser eleito para a ONU, quando foi Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados.
António Vitorino tem também bons pergaminhos a nível internacional: foi comissário europeu para a Justiça e Assuntos Internos entre 1999 e 2005, depois de ter presidido, enquanto deputado europeu à Comissão das Liberdades Cívicas e dos Assuntos Internos.
A nível empresarial, passou pela administração não executiva da Portugal Telecom Internacional, foi consultor jurídico da EDP e consultor de Assuntos Sociais da José de Mello SGPS.