Faltam dois apoios para Centeno ser candidato único
Angela Merkel foi decisiva para que o PPE aceitasse a candidatura única de Centeno à presidência do Eurogrupo. Ontem à noite, apenas um Estado-membro inscrito no PPE não tinha dado consenso. Bem como um socialista, que tudo indica seja a Eslóváquia.
Mário Centeno poderá ser o único candidato à presidência do Eurogrupo, onde deverá substituir o holandês Jeroen Dijsselbloem. É esse o objectivo do Governo português e é por ele que tem estado envolvido em negociações ao mais alto nível dos governos da União Europeia, soube o PÚBLICO junto de um responsável pelo processo de candidatura.
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Mário Centeno poderá ser o único candidato à presidência do Eurogrupo, onde deverá substituir o holandês Jeroen Dijsselbloem. É esse o objectivo do Governo português e é por ele que tem estado envolvido em negociações ao mais alto nível dos governos da União Europeia, soube o PÚBLICO junto de um responsável pelo processo de candidatura.
Quarta-feira à noite, faltavam apenas dois apoios entre os 19 Estados-membros que compõem o Conselho de ministros das Finanças da zona euro. As negociações podem mesmo ter ficado fechadas durante a madrugada.
O Governo português garantiu já o apoio e o consenso dos governos do Partido Popular Europeu (PPE). Ontem à noite, apenas faltava o apoio de um executivo europeu cuja liderança está inscrita no PPE. O outro acordo que faltava era de um país cujo governo é do Partido Socialista Europeu (PES). O responsável do Governo que falou com o PÚBLICO não quis precisar qual era o país, mas tudo indica que se trate da Eslováquia, cujo ministro das Finanças, Peter Kazimír, tem tentado ser o candidato socialista.
De acordo com a informações do PÚBLICO, o apoio à candidatura única de Mário Centeno foi dado por primeiros-ministros como Emmanuel Macron, Angela Merkel, Alexis Tsipras , Mariano Rajoy. O consenso em torno de Centeno foi facilitado pela desistência do ministro das Finanças italiano, Pier Carlo Padoan, devido ao calendário eleitoral em Itália.
Por sua vez, os governos do PPE, à excepção de um, aceitaram o princípio de que a presidência do Eurogrupo é para os socialistas. Um dos principais apoios desta solução veio da Alemanha. O grupo liberal também tinha aspirações a ocupar o cargo, mas detém apenas dois ministros neste conselho.