“Trabalhar não mata, estar quieto é que provoca obesidade.” O antigo patrão da Sonae em 15 frases
Algumas das frases mais marcantes ditas por Belmiro de Azevedo, o empresário que morreu esta quarta-feira aos 79 anos.
“Se as empresas que têm uma performance má em Portugal forem substituídas por empresas maiores e com melhor performance, de um modo geral a economia portuguesa toda vai beneficiar.”
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“Se as empresas que têm uma performance má em Portugal forem substituídas por empresas maiores e com melhor performance, de um modo geral a economia portuguesa toda vai beneficiar.”
Em entrevista à RTP sobre as questões levantadas pela conferência A Europa nos Anos 90, promovida pelo Semanário Económico em 1990.
“Não sou sentimental. Acusam-me até de ser demasiado abrasivo. Dei dois murros na tropa a um tipo porque ele me tratou mal, e fiquei oito dias em detenção.”
À revista do Expresso em 1991, dizendo também que achava ter “direito de exigir decisões do Governo”. “Já mandei um telex ao ministro: 'Como empresário tenho direito a decisões vossas.’”
“Ser rico para mim não é o importante. E ninguém me maça com isso, a não ser o poder político quando diz: esse tipo é tão rico, tem tanto poder, que até fala!...”
Em entrevista à Visão em 2001, confessando: “Até hoje nunca dormi mal por as acções da Sonae subirem ou descerem. Não devia dizê-lo, mas estou-me um bocado nas tintas.”
“A nossa sociedade é racista a nível profissional, porque só dignifica as áreas ligadas às humanidades e filosofia, e despreza as profissões mais técnicas e industriais.”
Ao Expresso, em 2001, numa entrevista semanas antes da conferência Compatibilizar Competências Universitárias das Empresas para Vencer o Desafio do Século XXI, na qual iria ser orador principal, organizada pelo Instituto de Formação Empresarial Avançada (IFEA) do Instituto Superior de Economia de Gestão, da Universidade Técnica de Lisboa.
“Neste país tem de sobrar alguém para produzir. Somos todos financeiros ou internautas e, a dada altura, não há pão, não há milho, não há móveis.”
Sobre a nostalgia pelo sector industria, numa entrevista ao PÚBLICO em 2001.
“Tenho pouco jeito para a política. Sou muito frontal, não tenho a componente artística, teatral, às vezes circense, não dá”
Em entrevista ao PÚBLICO e à Rádio Renascença em 2002, quando questionado sobre se se sentia tentado a um cargo político.
“Há gente jovem que devia estar reformada.”
“A reforma não tem que ver com a idade. Há gente jovem que já devia estar reformada, há gente adulta que não deve ser obrigada a ser reformada se for útil”, disse o empresário em 2004 à RTP.
“Santana é incompetente”
Em 2004, numa entrevista ao Expresso, referindo-se ainda a Marcelo Rebelo de Sousa como um “entertainer”.
“Partilho da visão de que se uma empresa quer perdurar no tempo e manter-se competitiva, tem que ser exigente e eficiente no uso dos recursos humanos e financeiros”
À Frontline, em 2009, em relação ao sucesso em tempo de crise.
“Tenho fama de rico, comportamento de pobre. Estou bem assim.”
Numa entrevista à Visão em 2010, Belmiro de Azevedo explicava que este estilo de vida era uma herança da II Guerra Mundial e dos tempos difíceis da época.
“O problema da diplomacia económica em Portugal é que não se podem fazer boas omeletas sem os ovos certos. Os diplomatas portugueses, por razões diversas – historicamente conhecidas –, não foram nem educados para a componente económica, nem treinados para serem agressivos nas negociações, nem foram incentivados a serem independentes.”
Em entrevista ao Centro de Investigação em Ciência Política e Relações Internacionais, Belmiro falou sobre a diplomacia económica de Portugal no Atlântico, no âmbito de um trabalho sobre o tema.
“Se não for a mão-de-obra barata, não há emprego para ninguém.”
A frase controversa foi dita pelo empresário na sessão do sétimo aniversário do Clube dos Pensadores, em Gaia, e referida pela RTP. Belmiro chegou a afirmar que “se não for a mão-de-obra barata, não há emprego para ninguém”.
“É preciso poder ser líder e querer ser líder, porque o poder significa formação, trabalho. O querer significa coragem, para fazer coisas difíceis e para tomar opções.”
Em Março de 2013 Belmiro de Azevedo falava à Revista 2 das razões que o levaram, aos 75 anos, a afastar-se das funções executivas que exercia na Sonae. Na mesma entrevista afirmava que “a esperança média de vida de uma empresa, apesar de teoricamente poder se eterna, é inferior à esperança de vida das pessoas. As empresas morrem mais depressa”.
“Trabalhar não mata, estar quieto é que provoca obesidade.”
Citado pelo Jornal de Negócios, durante a conferência de lançamento do Prémio Caixa Empreender, no Porto, em 2014, após receber o Prémio Inspiração.
“Tenho muito respeito pelos mais de 700 mil funcionários públicos, mas sei que há talvez uns 200 mil a mais”
Ao PÚBLICO, em 2015.