André Villas-Boas deixa Shanghai SIPG e vai participar no rali Dakar

Treinador português foi segundo no campeonato e perdeu a Taça da China para o rival de Xangai.

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André Villas-Boas Ian Kington/AFP Photo

O treinador André Villas-Boas, de 40 anos, não continuará no comando técnico do Shanghai SIPG, vice-campeão chinês, apesar da pretensão do emblema de Xangai de renovar contrato com o português. O técnico decidiu apostar no automobilismo e vai participar na edição de 2018 do Rali Dakar, ao volante de um Toyota Hilux.

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O treinador André Villas-Boas, de 40 anos, não continuará no comando técnico do Shanghai SIPG, vice-campeão chinês, apesar da pretensão do emblema de Xangai de renovar contrato com o português. O técnico decidiu apostar no automobilismo e vai participar na edição de 2018 do Rali Dakar, ao volante de um Toyota Hilux.

Villas-Boas havia assumido recentemente ter já tomado uma decisão, que agora – depois de falhar a conquista da Taça da China, conquistada pelo rival Shanghai Shenhua - é tornada pública.

O Shanghai SIPG terminou o campeonato em segundo lugar, sem argumentos para destronar o Guangzhou Evergrande de Luiz Felipe Scolari.

A nova aposta desportiva de Villas-Boas passa a ser o automobilismo, em particular o rali Dakar. E será ao lado do compatriota Rúben Faria, segundo classificado na categoria de motos na edição de 2013, que vai competir.

A organização do Dakar lembrou que o todo-o-terreno é uma paixão antiga de Villas-Boas, que no ano passado participou na Baja Portalegre 500, uma das mais emblemáticas provas nacionais.

Villas-Boas terá ponderado disputar aos comandos de uma moto o Dakar de 2018, que visitará o Peru, a Bolívia e a Argentina, mas recuou na intenção por considerar que não estava nas condições físicas ideais, optando pelos automóveis.

“Falei com o meu amigo Alex Doringer, o director desportivo da KTM, que me disse que precisaria de uma preparação completa, durante quase um ano e que seria preferível participar na categoria de automóveis”, explicou o técnico.

Rúben Faria disse que precisou de pensar “durante cinco segundos” no convite para ser copiloto de Villas-Boas, antes de aceitar o que qualificou de um grande desafio, que passa por “chegar ao fim de todas as etapas e não chegar muito atrasado”.

O treinador português, de 40 anos, admitiu ter fracassado no comando técnico do Shanghai SIPG, depois de ter terminado o campeonato chinês no segundo lugar, ter sido eliminado nas meias-finais da Liga dos Campeões da Ásia e da derrota na final da Taça da China, no domingo.