Moscovici diz que Centeno tem condições mas não é favorito
Sucessor do holandês Jeroen Dijsselbloem será designado na segunda-feira, 4 de Dezembro. As candidaturas encerram nesta quinta.
Pierre Moscovici, comissário europeu dos Assuntos Económicos e membro do partido socialista francês, vê o seu correligionário português e ministro das Finanças Mário Centeno com as condições necessárias para se candidatar à liderança do eurogrupo, mas não o vê como favorito nessa corrida.
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Pierre Moscovici, comissário europeu dos Assuntos Económicos e membro do partido socialista francês, vê o seu correligionário português e ministro das Finanças Mário Centeno com as condições necessárias para se candidatar à liderança do eurogrupo, mas não o vê como favorito nessa corrida.
Em declarações recolhidas pela TSF, Moscovici salienta que há diversos candidatos com “as condições requeridas” para a presidir à reunião mensal dos ministros das finanças dos países do euro, salientando que Mário Centeno é um deles. Porém, a cerca de 48 horas do fim do prazo para a apresentação de candidaturas, o mesmo responsável também pensa que “pode não ser óbvio que seja um socialista a presidir ao eurogrupo e [Centeno] também não é o único que pode chegar lá”. “Issso terá de ser decidido antes de quinta-feira”, declarou Moscovici, à mesma rádio, em Bruxelas.
O cargo é actualmente ocupado pelo holandês Jeroen Dijsselbloem (do Partido Trabalhista, social-democrata) e o sucessor deverá ser escolhido a 4 de Dezembro, uma segunda-feira, depois de consensualizado um nome entre os diferentes Estados-membros que têm assento nas reuniões do eurogrupo. Moscovici sublinha que o grupo dos países da moeda única, que ali coordenam a política económica, “precisa de liderança” e insiste que esta “nunca é fácil”, defendendo por isso que “é muito importante ter um forte e bom líder” e “dedicado ao projecto europeu”. “Gostaria de poder trabalhar com o Mário [Centeno]”, afirmou Moscovici, que vê no entanto vários potenciais candidatos “muito bons”, como o italiano Pier Carlo Padoan, próximo do Partido Democrata de Matteo Renzi.