Museu Berardo vai voltar a receber 2,1 milhões de euros em 2018
Conselho de fundadores do museu reuniu-se esta segunda-feira para apreciar o plano de actividades e a programação para 2018.
O orçamento do Museu Berardo para 2018 vai incluir 2,1 milhões de euros provenientes do Ministério da Cultura, o mesmo valor recebido em 2017 disse esta terça-feira à agência Lusa uma fonte do gabinete do ministro Luís Filipe Castro Mendes.
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O orçamento do Museu Berardo para 2018 vai incluir 2,1 milhões de euros provenientes do Ministério da Cultura, o mesmo valor recebido em 2017 disse esta terça-feira à agência Lusa uma fonte do gabinete do ministro Luís Filipe Castro Mendes.
O valor do orçamento e o plano de programação e atividades do museu para 2018 foi apresentado na segunda-feira em Lisboa, numa reunião do conselho de fundadores da Fundação de Arte Moderna e Contemporânea - Colecção Berardo.
Presidido por José (Joe) Berardo, que também preside à fundação,o conselho é composto por representantes da Associação Colecção Berardo, da Fundação Centro Cultural de Belém, onde o museu está instalado, e do Estado português, representado pelo ministro da Cultura, que se fez representar nesta reunião pelo seu chefe de gabinete, Jorge Leonardo.
A reunião destinou-se a comunicar oficialmente aos fundadores o orçamento e plano de atividades, que já tinham sido aprovados pela administração da fundação, onde o Estado tem dois representantes: Catarina Vaz Pinto e António Capucho. Elísio Summavielle, presidente da Fundação Centro Cultural de Belém, representa esta entidade no conselho de fundadores.
Berardo disse à Lusa que o encontro "decorreu com normalidade" e que o museu "está relativamente bem, embora tenha passado a ter entradas pagas". Desde o início de Maio que os visitantes pagam cinco euros, mas o museu manteve os sábados como dia de entrada gratuita. "Quando criei o museu, a minha ideia inicial era o público ter acesso livre à colecção, mas na renovação do acordo com o Estado a situação teve de ser alterada", explicou o empresário, acrescentando que as receitas de bilheteira são usadas "para trazer a Lisboa exposições temporárias de outros museus".
O acordo de dez anos entre o Estado e o coleccionador terminava no final de 2016 e foi renovado em Novembro do ano passado, assegurando a permanência da Colecção Berardo no Centro Cultural de Belém pelo menos até 2022, estando previstas renovações automáticas a partir dessa data, a menos que uma das partes denuncie o contrato.
O Museu Berardo abriu em Junho de 2007 com um acervo inicial de 862 obras da colecção de arte do empresário, que tinham sido avaliadas um ano antes em 316 milhões de euros pela leiloeira internacional Christie's.
Mais de sete milhões de visitantes entraram no museu ao longo de uma década, período em que ali foram apresentadas 86 exposições. Segundo The Art Newspaper, publicação internacional especializada em arte contemporânea, o museu ocupava em 2016 o 65.º lugar na lista dos cem museus mais visitados do mundo, com mais de um milhão de visitantes só nesse ano.