Direcção-Geral da Saúde declara fim do surto de Legionella

Dos doentes infectados, 42 tiveram já alta clínica.

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ANTÓNIO COTRIM/LUSA

A Direcção-Geral da Saúde (DGS) declarou nesta seguda-feira o fim do surto de Legionella no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, que provocou pelo menos 56 casos de infecção, cinco dos quais mortais.

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A Direcção-Geral da Saúde (DGS) declarou nesta seguda-feira o fim do surto de Legionella no Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa, que provocou pelo menos 56 casos de infecção, cinco dos quais mortais.

Em comunicado, a DGS refere que se "considera que este surto está terminado".

"O período de incubação é de 2 a 10 dias na maioria dos doentes, não estando descritos casos que ultrapassem os 20 dias. Assim, com a informação disponível, considera-se que este surto está terminado, uma vez que todos os casos diagnosticados, independentemente da data de início de sintomas ou de diagnóstico, tiveram contacto com o hospital e contraíram a infecção antes do encerramento da fonte de transmissão (4 de Novembro). No entanto, as autoridades de saúde continuam atentas à situação", indica a nota da autoridade de saúde divulgada nesta segunda-feira.

Até hoje foram confirmados 56 casos de doença dos legionários com ligação ao Hospital São Francisco Xavier e há outros cinco ainda em investigação epidemiológica e laboratorial. Cinco dos doentes infectados acabaram por morrer.

Na nota, a DGS recorda que no dia 3 de Novembro o Hospital São Francisco Xavier informou a autoridade de saúde do diagnóstico de três casos de doença dos legionários, tendo sido "de imediato" iniciada a investigação para detectar as possíveis fontes de infecção.

No dia seguinte, 4 de Novembro, foram encerradas e tratadas as potenciais fontes emissoras (as torres de refrigeração do hospital, tendo, entretanto, sido concluído através de análises que a fonte de transmissão estava em pelo menos uma dessas torres).

Dos 56 doentes infectados, 42 tiveram já alta clínica, sete ainda estão internados em enfermaria, dois estão internados ainda em cuidados intensivos e cinco acabaram por morrer.

Segundo a DGS, a maioria dos doentes tinha 70 ou mais anos de idade, doença crónica subjacente e factores de risco.