Câmara de Lisboa não se opõe à mudança do Infarmed para o Porto
Autarquia liderada por Fernando Medina reagiu às palavras da presidente do Infarmed, Maria do Céu Machado.
A Câmara Municipal de Lisboa não se opõe à mudança do Infarmed para o Porto. Depois de a presidente da Autoridade Nacional do Medicamento ter dito ao PÚBLICO que o silêncio da autarquia socialista a espantava, o município enviou uma nota às redacções a demonstrar confiança nas decisões do Governo.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A Câmara Municipal de Lisboa não se opõe à mudança do Infarmed para o Porto. Depois de a presidente da Autoridade Nacional do Medicamento ter dito ao PÚBLICO que o silêncio da autarquia socialista a espantava, o município enviou uma nota às redacções a demonstrar confiança nas decisões do Governo.
"Confiamos que, qualquer que seja a decisão, o ministério da Saúde acautelará o bom funcionamento deste relevante organismo do Estado", lê-se na nota, que diz ainda que "Lisboa não pode ser contra medidas de desconcentração ou descentralização de serviços". E isto porque o executivo de Fernando Medina tem "defendido essas políticas a bem da coesão do país e da melhoria da eficácia dos serviços."
Numa entrevista ao PÚBLICO, a presidente do Infarmed mostrou-se surpreendida pelo facto de a câmara lisboeta nada ter dito sobre a anunciada mudança da instituição para o Porto. "Espanta-me que a Câmara de Lisboa não tenha problema em perder o Infarmed. Se calhar o Infarmed não é importante para a Câmara de Lisboa", disse Maria do Céu Machado.
A nota de Fernando Medina não lhe responde directamente, mas mostra que a câmara não está disposta a entrar numa guerra com o Governo e com a Câmara do Porto.
"Continuamos a trabalhar para reforçar o papel de Lisboa como capital global, capaz de acolher investimentos e empregos altamente qualificados", refere ainda a nota.