Macron vai lançar uma “guerra cultural” contra a violência sexual

O Presidente francês preparar-se para anunciar uma série de medidas para combater as agressões sexuais contra mulheres. Os sistemas de educação e de justiça serão abrangidos.

Foto
Reuters/CHARLES PLATIAU

O Presidente francês, Emmanuel Macron, vai lançar uma “guerra cultural” para combater a violência sexual contra as mulheres. O conjunto de medidas abrangerá o sistema de educação, o sistema de justiça e também campanhas nas televisões.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O Presidente francês, Emmanuel Macron, vai lançar uma “guerra cultural” para combater a violência sexual contra as mulheres. O conjunto de medidas abrangerá o sistema de educação, o sistema de justiça e também campanhas nas televisões.

A notícia é avançada pelo Guardian, que cita fontes oficiais do Eliseu que antecipam aquilo que vai ser anunciado por Macron durante um discurso no âmbito do Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, a ser celebrado no domingo. Estas fontes dizem que as medidas para combater a violência sexual não são mais do que o cumprimento das promessas que Macron realizou durante a campanha presidencial deste ano e não uma reacção à onda de casos mediáticos de assédio sexual desencadeados pelas acusações contra o produtor de Hollywood Harvey Weinstein.

Macron deverá anunciar um plano de emergência para os próximos cinco anos, que terá como objectivo a educação sobre a pornografia nas escolas secundárias, simplificar o sistema judicial para as denúncias de violação ou outros crimes sexuais, e uma abrangente e profunda campanha nas televisões e nas redes sociais.

Paralelamente a este pacote de medidas, no próximo ano o Parlamento gaulês vai discutir uma proposta de lei para criar um novo crime relativamente ao assédio nas ruas. Além disso, vai ser alargado o período durante o qual as crianças vítimas de abusos podem fazer queixa contra os agressores.