Há uma portuguesa que não gosta de frio que quer ir "dançar sob as luzes polares"
A Fjällräven Polar, uma aventura de 300 quilómetros no Círculo Polar Árctico cuja primeira edição foi há 20 anos, está de volta. E a liderar a região dos candidatos do Mediterrâneo está uma portuguesa.
Autodenomina-se "o evento de Inverno" da Fjällräven, marca sueca especialista em equipamento para actividades ao ar livre, e prepara-se para levar, em Abril de 2018, vinte aventureiros de todo o mundo numa expedição pelo Árctico.
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Autodenomina-se "o evento de Inverno" da Fjällräven, marca sueca especialista em equipamento para actividades ao ar livre, e prepara-se para levar, em Abril de 2018, vinte aventureiros de todo o mundo numa expedição pelo Árctico.
São cerca de 300 quilómetros a serem percorridos em trenós puxados por cães, numa expedição que pretende provar que pessoas comuns, sem preparação específica, podem sobreviver a condições inóspitas caso tenham consigo o equipamento adequado. Para conseguir um lugar nesta viagem extrema, em que cada participante irá ter de dirigir e cuidar dos seus próprios cães, preparar toda a sua comida e criar os vários acampamentos, está aberto um concurso online sujeito a votação do público: as candidaturas arrancaram a 16 de Novembro e prolongam-se até 14 de Dezembro.
A oportunidade de ganhar um lugar entre o grupo de 20 seleccionados dependerá das imagens e vídeos com os quais o candidato tenta conquistar o "afecto" dos internautas e o concurso está dividido por dez regiões, cabendo a cada uma um lugar para a candidatura mais votada. Um segundo participante de cada região será escolhido por um júri da Fjällräven, "com base na qualidade da candidatura, mas também a pensar na coesão do grupo (tendo em conta a experiência, idade e género)".
"Este ano, queremos ampliar a plataforma para aplicações para a Fjällräven Polar", explica o gestor do projecto Fjällräven Polar, Andreas Cederlund, em comunicado de imprensa. "Queremos que mais pessoas de mais países possam candidatar-se."
Na região do Mediterrâneo, onde se insere Portugal, juntamente com Chipre, Espanha, França, Grécia, Itália e Turquia, é uma portuguesa que segue em primeiro lugar: Mónica Roldão Almeida, de 33 anos, uma bióloga que promete "dançar sob as luzes polares", mas que para tal ainda precisa de garantir a passagem com mais votos.
Esta é a quarta vez consecutiva que a sesimbrense se candidata à viagem, mas a primeira em que se vê inserida num conjunto pequeno de países, o que aumenta as suas probalidades de vencer. Antes, a divisão colocava Portugal sob o chapéu de "Outros Países". Ainda assim, logo no primeiro ano em que se candidatou chegou a ocupar a 4.ª posição.
Em 2014, embora admitisse em gracejo à Fugas que nem gosta "do frio", explicava serem quase infindáveis as razões para querer ir. "Adoro viajar e isto é uma aventura sem precedentes, para mim pelo menos."