Situação dos idosos preocupa nutricionistas

“Os idosos que estão em lares ou centros de dia não estão a ter alimentação adequada”, diz bastonária dos Nutricionistas.

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Nuno Ferreira Santos

Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, apresentado no início do ano, mostrou, entre outras coisas, que “os idosos que estão em lares ou centros de dia não estão a ter alimentação adequada”, lembra a bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento.

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Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, apresentado no início do ano, mostrou, entre outras coisas, que “os idosos que estão em lares ou centros de dia não estão a ter alimentação adequada”, lembra a bastonária da Ordem dos Nutricionistas, Alexandra Bento.

De acordo com o estudo, intitulado PEN-3S: Estado nutricional dos idosos portugueses, os que vivem em lares estão duas vezes mais subnutridos ou em riscos de desnutrição do que os que estão nas suas casas. Por isso, a par das crianças, este é um grupo que preocupa os nutricionistas. “Com estes dados, não podemos perder a oportunidade de assumir isto como prioridade nacional.”

Também aqui, Alexandra Bento acredita que a solução passa pela presença de nutricionistas junto dos lares e centros de dia. “Claro que temos lares de excelência e com uma oferta alimentar adequada. Mas outros não, e a presença de um nutricionista é algo que fica ao critério de cada um.” Os dados do 2º Inquérito Alimentar Nacional e de Actividade Física indicam, por exemplo, que há uma alta prevalência da obesidade e pré-obesidade nos idosos portugueses.

Mas, sublinha a bastonária, os problemas que podem surgir são muito variados, desde as dificuldades de mastigação à hipertensão, passando pela falta de autonomia ou a diabetes. “E alguns precisam mesmo de suporte de alimentação artificial. Perante tudo isto, há que agir.”