Amesterdão ganhou sede da Agência Europeia do Medicamento por sorteio
Após empate entre Milão e Amesterdão, a cidade holandesa ganhou por sorteio. Porto foi eliminado logo na primeira ronda de votação. Paris acolherá a nova sede da Autoridade Bancária Europeia.
Amesterdão acabou por vencer, esta segunda-feira, por sorteio, a corrida para receber a Agência Europeia do Medicamento (EMA, no acrónimo inglês) num processo com várias votações e suspense até ao fim. Mas não para a candidatura do Porto, que não passou da primeira volta, ficando no 7.º lugar com os mesmos votos de Atenas mas à frente de cidades como Varsóvia, Lille ou Bruxelas.
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Amesterdão acabou por vencer, esta segunda-feira, por sorteio, a corrida para receber a Agência Europeia do Medicamento (EMA, no acrónimo inglês) num processo com várias votações e suspense até ao fim. Mas não para a candidatura do Porto, que não passou da primeira volta, ficando no 7.º lugar com os mesmos votos de Atenas mas à frente de cidades como Varsóvia, Lille ou Bruxelas.
A cidade holandesa era uma das favoritas para acolher a EMA, que vai sair de Londres por causa do “Brexit”. Cumpre os critérios técnicos de forma quase impecável, com bons equipamentos, acessibilidades, ligações aéreas, hotéis, estabelecimentos de ensino internacionais, mercado de trabalho aos familiares dos funcionários e uma posição geográfica vantajosa.
O primeiro-ministro enviou uma mensagem a felicitar o presidente da Câmara do Porto. “Deixo ao Rui Moreira e ao Porto uma mensagem de parabéns pela candidatura à EMA, claramente das melhores. O resultado confi rma o Porto como uma grande cidade europeia e o seu extraordinário potencial. Continuaremos a trabalhar”, escreveu António Costa na rede social Twitter, quando ainda não era conhecida a cidade escolhida para acolher a futura sede da EMA.
A Câmara do Porto também não esperou pelo fi nal da votação para reagir. Chegou a dar os parabéns a Milão, numa altura em que faltava ainda escolher os dois fi nalistas, e depois verifi cou-se que a cidade vencedora até tinha sido outra. Na nota enviada aos media, Rui Moreira também vincou que o Porto ficara à frente de uma cidade como Roma — que não concorria...
Rui Moreira sublinhou que, “apesar de geograficamente periférico, o país mostrou que tinha capacidade e que cumpria todos os critérios e que o Porto podia receber uma Amesterdão ganhou sede da EMA por sorteio. Porto não passou da primeira votação agência desta natureza e dimensão”. A secretária de Estado dos Assuntos Europeus, Ana Paula Zacarias, que representou Portugal na votação, reconheceu que Amesterdão tinha “uma excelente candidatura, com uma enorme centralidade” e prometeu a cooperação intensa das autoridades portuguesas com a EMA na nova etapa do regulador europeu.
Ana Paula Zacarias considerou “honroso” o resultado alcançado pelo Porto, com “uma candidatura equilibrada e sólida”, num “processo exigente” devido ao elevado número de candidaturas e à qualidade que apresentavam. “Uma derrota teria sido não ter participado”, sublinhou. A secretária de Estado garantiu ainda que se “reafirmou a capacidade de participação de Portugal no processo de construção europeia pós- ”Brexit” e que o Porto demonstrou “em toda a Europa excelentes qualidades, recursos e potencialidades”.
O resultado final era bastante imprevisível devido ao complexo sistema de voto secreto que decorreu em três voltas. Ainda antes de as votações começarem, Irlanda e Croácia juntavam-se a Malta e desistiam, reduzindo as candidaturas a 16 cidades.
Na primeira volta, o sistema de votação previsto lembrou o do concurso da Eurovisão: cada país podia votar em três candidaturas, atribuindo-lhes três, dois e um pontos. Os resultados davam Milão à frente (25 votos) seguido de Amesterdão e Copenhaga (20), Bratislava (15), Barcelona (13), Estocolmo (12) e do Porto e Atenas (10). Só os três primeiros passaram à segunda volta. Nesta fase cada país já só dispunha de um voto. Entretanto, a candidatura dinamarquesa fi cava pelo caminho.
Na terceira votação, Amesterdão e Milão empataram (a 13 votos), cabendo ao representante da Estónia, que detém a presidência de turno do Conselho da UE, tirar “à sorte”, escolher um dos dois envelopes idênticos que continham o nomes de cada fi nalista. controlo da segurança no mercado da União Europeia. Os 27 também escolheram ontem a futura sede da Autoridade Bancária Europeia. Um processo com idêntico suspense, e também por sorteio, ditou que a EBA se mude para Paris, para frustração de Dublin, o outro finalista a quem a sorte não sorriu.