Presidente alemão quer mais negociações para resolver “situação sem precedentes”
Steinmeier falou esta segunda-feira, depois de o líder do FDP, Christian Lindner, ter anunciado que o seu partido se retirava das negociações, deixando Merkel sem coligação.
O Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, considera que o país enfrenta agora uma “situação sem precedentes na história da democracia alemã”, depois de o partido de Merkel não ter conseguido formar um governo maioritário.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
O Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, considera que o país enfrenta agora uma “situação sem precedentes na história da democracia alemã”, depois de o partido de Merkel não ter conseguido formar um governo maioritário.
Steinmeier sublinha que todos os partidos têm a responsabilidade de tentar formar governo e lembra que os países vizinhos estão atentos e irão ficar “alarmados”, se os políticos alemães não assumirem o seu papel.
O Presidente alemão reconhece a dificuldade em formar um governo, mas lembra que esta é uma responsabilidade da qual os políticos “não podem fugir”, acrescentando que devem actuar no interesse e bem-estar do país.
Merkel procurava até aqui formar uma coligação entre a sua CDU-CSU, os Verdes e o FDP, mas neste domingo o líder do FDP, Christian Lindner, anunciou que o seu partido se retirava das negociações, alegando diferenças irreconciliáveis com os dois partidos.
O Presidente anunciou também que vai reunir-se com todos os partidos envolvidos nas negociações.
Martin Schulz, líder do Partido Social-Democrata (SPD), também falou esta segunda-feira e defendeu que o país deve avançar para novas eleições, reafirmando a indisponibilidade do seu partido formar novamente uma grande coligação com Merkel.
“Os eleitores alemães devem ter a oportunidade de reavaliar a situação política do país depois de as negociações para formar governo terem falhado”, considerou Martin Schulz, citado pela agência Reuters.
O SPD esteve coligado com a União Democrática Cristã (CDU/CSU) de Angela Merkel durante os últimos quatro anos, mas os maus resultados nas eleições de Setembro levaram o partido a anunciar que assumiria o papel de oposição a Merkel.