Amélia Muge e Michales Loukovikas estreiam nova viagem musical ao vivo e em disco

Liga fado e rebético, Pessoa e Hölderlin, Lopes-Graça e Eurípides, Safo e Martín Codax: é a nova aventura musical de Amélia Muge e Michales Loukovikas, dia 29, no São Luiz. Nessa mesma noite, estará também disponível em disco.

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Os cantores e compositores Amélia Muge e Michales Loukovikas RUI GAUDÊNCIO

Cinco anos depois de PERIPLUS - Deambulações Luso-Gregas, Amélia Muge e Michales Loukovikas regressam com uma aventura musical ainda mais intensa. ARCHiPELAGOS – Passagens, resulta num novo “puzzle marítimo”, mas que vai mais longe do que um simples trabalho multicultural ou intercultural entre Portugal e a Grécia. E é este novo trabalho que vai ser apresentado ao vivo no Teatro São Luiz, em Lisboa, dia 29 de Novembro às 21h, com músicos e cantores portugueses e gregos. O disco já estará disponível, nessa noite.

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Cinco anos depois de PERIPLUS - Deambulações Luso-Gregas, Amélia Muge e Michales Loukovikas regressam com uma aventura musical ainda mais intensa. ARCHiPELAGOS – Passagens, resulta num novo “puzzle marítimo”, mas que vai mais longe do que um simples trabalho multicultural ou intercultural entre Portugal e a Grécia. E é este novo trabalho que vai ser apresentado ao vivo no Teatro São Luiz, em Lisboa, dia 29 de Novembro às 21h, com músicos e cantores portugueses e gregos. O disco já estará disponível, nessa noite.

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Amélia Muge e Michales Loukovikas, ambos cantores e compositores, ela portuguesa e ele grego, conheceram-se na Internet e trabalharam juntos na edição portuguesa do livro-disco O Ouro do Céu, em celebração da obra do poeta grego Ares Alexandrou (1922-1978). Em 2012 editaram um disco em parceria, PERIPLUS, propondo nele uma viagem musical luso-grega que abarcava, numa mesma aventura, outras culturas vizinhas, da Ásia à África.

Os autores como bússola

Agora, ARCHiPELAGOS – Passagens, vai mais longe. Mantém os autores como bússola viajando pelas míticas ou imaginárias ilhas de Ítaca, Utopia ou Terra do Nunca. Pelo meio, cruzam-se poetas e escritores de várias épocas e geografias, como se diz no comunicado que anuncia o espectáculo, encontrando-se, por exemplo, “Hélia Correia, que conduz os ouvintes a Friedrich Hölderlin e Eurípides, cantos sírios antigos por onde se chega a Lopes-Graça, Fernando Pessoa em contraponto com Safo e as viagens sem regresso que juntam o rebético e o fado e Nicolas, o pescador, com o Rei Dencolhas de João de Deus.” Das ilhas míticas ou reais vai-se ao Atlântico, passando pela Macaronésia. E com “canções de emigração e José Saramago dão-se as voltas todas entre a casa e o mundo, para se unirem de novo, no fim, as ondas do mar de Vigo de Martín Codax ao rebético, e acabar numa buleria ibérico grega africana, numa celebração festiva das culturas do Mediterrânico, Atlântico e Índico.”

Uma "rede de interacções"

É o continuar de um “puzzle marítimo”, onde se reforça e alarga “a rede de interacções no tempo e no espaço, aos níveis artístico, musical, literário, filosófico, social e histórico.” O resultado deste trabalho, que foi pensado, concretizado e gravado entre Portugal e a Grécia, terá estreia absoluta no São Luiz. Mas foi, antes, registado em disco.

No concerto, com Amélia Muge (voz, braguesa, percussão) e Michales Loukovikas (voz, percussão, acordeão) estarão vários dos músicos de Portugal e da Grécia que participaram na gravação do disco: António Quintino (contrabaixo), Dimitris Mystakidis (viola, bouzouki, tzourás, voz), Filipe Raposo (piano), Harris Lambrakis (ney, flauta de bisel), José Salgueiro, (percussão), Manos Achalinotópoulos (clarino, voz), o grupo vocal feminino Maria Monda, Kyriakos Gouventas (violino, viola) e Ricardo Parreira (guitarra portuguesa). Além destes músicos, oficialmente anunciados, participam ainda Catarina Anacleto (violoncelo e vozes) e as cantoras Catarina Moura (das Segue-me à Capela), Teia Campos (das Sopa de Pedra) e Rita Maria.

O CD, que só mais tarde chegará às lojas, estará disponível nessa mesma noite, em venda antecipada, no local do concerto.

NOTA: O espectáculo realiza-se às 21h e não às 21h30, como inicialmente se escreveu, por lapso, neste texto.