Morreu o procurador responsável pelos casos contra independentistas catalães
José Manuel Maza tinha 66 anos e participava no encontro dos Ministérios Públicos Ibero-Americanos, na Argentina.
O procurador-geral espanhol, José Manuel Maza, que tinha nas mãos a condução do processo contra os independentistas do anterior governo catalão e do parlamento cessante, morreu em Buenos Aires, na Argentina. Tinha 66 anos e foi vítima de uma infecção renal que se espalhou pelo corpo, segundo os jornais espanhóis.
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O procurador-geral espanhol, José Manuel Maza, que tinha nas mãos a condução do processo contra os independentistas do anterior governo catalão e do parlamento cessante, morreu em Buenos Aires, na Argentina. Tinha 66 anos e foi vítima de uma infecção renal que se espalhou pelo corpo, segundo os jornais espanhóis.
Maza já se sentia indisposto ao chegar à Argentina para participar na Assembleia de Ministérios Públicos Ibero-Americanos. O estado de saúde piorou e os médicos recomendaram internamento, no sábado à noite. Morreu perto das 20h (hora espanhola, menos uma em Portugal continental).
A morte do magistrado deixa sem liderança a Procuradoria-Geral num momento em que estão abertas, respectivamente no Supremo Tribunal e na Audiência Nacional, os processo contra os membros do parlamento de Barcelona que cessou funções e do governo catalão destituídos (estando a maior parte destes detidos preventivamente).
Maza, que estava no cargo há um ano, era o responsável máximo pelo Supremo. O jornal La Vanguardia diz que o lugar lhe foi oferecido precisamente devido à crescente tensão na Catalunha. Estava à beira da reforma, mas foi com ele que o presidente do Governo, Mariano Rajoy, quis contar para aplicar as medidas necessárias à declaração de inconstitucionalidade do referendo à independência e, depois, da declaração unilateral de independência.
Maza, segundo notícias de há algumas semanas na imprensa espanhola, pretendia juntar todos os processso contra os independentistas no Supremo e seria partidário de libertar os ex-governantes detidos, de forma a que as eleições catalãs, marcadas para 21 de Dezembro, pudessem decorrer de forma transparente.
O presidente do Govenro espanhol, Mariano Rajoy, agradeceu o trabalho do magistrado que, escreveu no Twitter, dedicou "uma vida de trabalho ao serviço do Estado".