Território nacional em seca severa e extrema com precipitação "muito inferior ao normal"

Segundo o IPMA, entre 1 e 15 de Novembro, valor médio da quantidade de precipitação em Portugal continental foi muito inferior ao normal e corresponde a apenas 24% do valor médio mensal.

Foto
LUSA/NUNO VEIGA

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) precisou nesta sexta-feira que o território nacional está há seis meses em situação de seca severa e extrema, explicando que o valor médio de precipitação está "muito inferior ao normal".

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) precisou nesta sexta-feira que o território nacional está há seis meses em situação de seca severa e extrema, explicando que o valor médio de precipitação está "muito inferior ao normal".

"Quase todo o território está há cerca de cinco a seis meses consecutivos em situação de seca severa e extrema, não se tendo verificado um desagravamento no início do outono como seria normal e se tem verificado em outras situações de seca", refere o IPMA, em comunicado.

Segundo o documento, entre 1 e 15 de Novembro, valor médio da quantidade de precipitação em Portugal continental foi muito inferior ao normal e corresponde a apenas 24% do valor médio mensal.

"A 15 de Novembro verifica-se um aumento da área em situação de seca extrema em todo o território de Portugal continental. A 15 de Novembro cerca de 6% do território estava em seca severa e 94% em seca extrema", acrescenta.

O documento esclarece que grande parte das regiões do interior e da região Sul de Portugal continental apresentam valores de água no solo inferiores a 20%, sendo mesmo "em alguns locais próximos ou iguais ao ponto de emurchecimento".

Nas regiões do litoral Norte e Centro os valores variavam em geral entre 20 a 60%.

"A situação mais provável no final de Novembro corresponde à continuação da severidade da seca, tendo em conta a previsão mensal do Centro Europeu de Previsão do Tempo a Médio Prazo (ECMWF)", conclui.