Costa: progressão das carreiras dos professores é uma possibilidade "em abstracto"
Primeiro-ministro referiu que, "até por razões familiares", compreende o "sentimento de frustração" dos professores.
António Costa afirmou nesta sexta-feira que a contabilização dos anos em que as carreiras dos professores estiveram congeladas é uma possibilidade em “abstracto”.
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António Costa afirmou nesta sexta-feira que a contabilização dos anos em que as carreiras dos professores estiveram congeladas é uma possibilidade em “abstracto”.
O primeiro-ministro separou duas discussões que estão neste momento a ocorrer no que aos professores diz respeito, explicando que “aquilo que está em debate no Orçamento de Estado é o compromisso de pôr fim ao congelamento das carreiras de todas as carreiras da administração pública e pegar no cronómetro que está parado há vários anos e repô-lo a funcionar”. “É isso que esta proposto no OE e é isso que vai permitir a muitos funcionários do Estado progredirem já nas carreiras”, disse ainda.
“Os professores são aliás a categoria profissional onde há em número absoluto mais pessoas a poderem progredir na carreira e em termos percentuais dos que mais progridem. São 46 mil professores que vão poder já progredir na sua carreira em 2018”, explicou também, referindo que “isso significa que o Orçamento de Estado devolve uma coisa que é fundamental: que é o direito à carreira por parte dos professores e não destrói a carreira”.
Outro tema que Costa diferencia deste é “a discussão que foi agora aberta sobre o que é que acontece ao período de tempo em que o cronómetro esteve parado”, conversa essa que é “nova”. Ora, o primeiro-ministro diz que esta é uma discussão difícil e que “não é compatível com este Orçamento de Estado”.
Afirmando ainda que “até por razões familiares” está em “especiais boas condições de perceber esse sentimento de frustração” por parte dos professores, Costa garante que a progressão das carreiras “não é uma questão tabu” e que está já a ser discutida. Questionado sobre se a contabilização dos anos de carreira congelados é uma possibilidade real, o primeiro-ministro disse que “sim, em abstracto”.