A década de 1980 é a “bússola” do Portimonense
Há cerca de 30 anos, em apenas seis épocas os algarvios chegaram por três vezes às meias-finais. Foi o ponto alto na prova.
O FC Porto-Portimonense desta noite (20h30, SportTV) é um bom pretexto para recuperar alguns dos anos de maior brilho dos algarvios, em especial a década de 1980, testemunha das maiores proezas do clube na Taça de Portugal. Foi um período em que pelo Estádio Municipal de Portimão passaram jogadores que haveriam de deixar uma impressão digital no futebol português.
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O FC Porto-Portimonense desta noite (20h30, SportTV) é um bom pretexto para recuperar alguns dos anos de maior brilho dos algarvios, em especial a década de 1980, testemunha das maiores proezas do clube na Taça de Portugal. Foi um período em que pelo Estádio Municipal de Portimão passaram jogadores que haveriam de deixar uma impressão digital no futebol português.
A folha de participações do Portimonense na prova-rainha tem como referência as épocas de 1982-83, 1986-87 e 1987-88. Nesse curto período de seis temporadas, os algarvios atingiram por três vezes as meias-finais, o melhor que até hoje conseguiram na Taça. Nas duas primeiras ocasiões, caíram às mãos do Benfica (2-0 e 4-0) no encontro de acesso à final, objectivo que ainda lhes seria vedado pelo V. Guimarães (2-1).
A partida de estreia nas meias-finais, depois de um percurso em que eliminaram Tondela, Varzim, Limianos, Gil Vicente e Boavista, foi mais uma orientada por Artur Jorge, técnico que mais tarde treinaria FC Porto e Benfica. Mas esse não era o único nome de peso na estrutura aurinegra, que contava no plantel com Carlos Alhinho, Murça, Norton de Matos, Barros, Raul Águas e, acima de todos, o guarda-redes Vítor Damas.
Nas épocas que se seguiram o Portimonense continuou a apresentar um núcleo de jogadores de qualidade: em 1986-87, Sérgio Louro (emprestado pelo Sporting), Nivaldo, Pacheco ou Forbs ajudaram o clube a progredir na Taça, tal como o fariam o avançado César Brito, o médio dinamarquês Jan Sorensen ou o lateral José Carlos na temporada posterior, com Manuel Cajuda aos comandos.
Para emular essas façanhas, a equipa de Portimão terá de ultrapassar estes 16 avos-de-final e mais dois obstáculos nesta edição da prova, a começar pelo FC Porto, rival que já defrontou neste ano, no campeonato. Essa derrota por 5-2 não desmobiliza, porém, os algarvios, que surgirão em campo sem o influente Paulinho no meio-campo (lesionado) mas com a ambição que se impõe.
“O FC Porto é fortíssimo em casa, fora, tem feito um campeonato fantástico e está muito confiante. Agora, nós também estamos confiantes e vamos tentar dificultar-lhe a vida com as nossas armas”, garante o técnico, Vítor Oliveira, enquanto o homólogo do FC Porto assume querer aproximar a equipa dos padrões da perfeição. Sem poder contar com Otávio, Marega, Soares e Herrera, Sérgio Conceição não abre o jogo sobre as escolhas mas tem uma certeza: “O FC Porto tem mais a perder do que o Portimonense”.