Apple volta a liderar mercado dos smartwatches
O novo Apple Watch 3 ajudou a empurrar as vendas. É o primeiro capaz de se ligar directamente a redes móveis, sem necessidade de estar emparelhado com um telemóvel.
O novo relógio inteligente da Apple – que funciona como um telemóvel de pulso – está a empurrar as vendas da marca no mercado de wearables (pequenos aparelhos com que nos podemos equipar). O Watch 3 é o primeiro capaz de se ligar directamente a redes móveis, sem necessidade de estar emparelhado com um telemóvel.
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O novo relógio inteligente da Apple – que funciona como um telemóvel de pulso – está a empurrar as vendas da marca no mercado de wearables (pequenos aparelhos com que nos podemos equipar). O Watch 3 é o primeiro capaz de se ligar directamente a redes móveis, sem necessidade de estar emparelhado com um telemóvel.
Chegou às lojas dias antes do final de Setembro, mas foram vendidas 800 mil unidades antes do final do mês segundo dados recentes da analista de mercado Canalys. É uma fatia significativa das vendas do último trimestre de 2017: no total, foram vendidos 3,9 milhões de unidades dos vários relógios inteligentes da Apple.
O número permitiu que a Apple voltasse a liderar o mercado dos wearables, depois de ser temporariamente destronada pela chinesa Xiaomi no último trimestre. “A forte procura para o Apple Watch de terceira geração desfaz as dúvidas dos fornecedores dos consumidores não estarem interessados num smartwatch com conectividade móvel”, diz o analista da Canalys, Jason Low, em comunicado.
No mesmo período, a Xiaomi e a Fitbit venderam 3,6 milhões e 3,5 milhões de wearables, respectivamente. Low acredita que apesar do grande interesse no Watch 3, o produto poderia ter vendido ainda mais se não tivessem existido problemas em alguns mercados. “Na China, os consumidores com grandes expectativas em relação ao produto foram afastados por uma disrupção no serviço no país", explica o analista.
A “conectividade móvel” dos aparelhos foi desligada apenas cinco dias após começarem a ser vendidos no país. O governo chinês não comentou na altura, mas especialistas da indústria móvel, entrevistados pelo Wall Street Journal, disseram que o fim do serviço deveu-se ao governo ainda não ter uma maneira fácil de ver o que os utilizadores fazem com o aparelho.
Dois anos depois de aparecerem, os smartwatches continuam a ser um mercado pequeno. Porém, não pára de crescer. Até ao final de 2017, deverão ser vendidas 41,5 milhões de unidades destes relógios em todo o mundo (mais 17% que em 2016), segundo previsões da analista Gartner.
Além de fazer chamadas de forma independente, como o novo da Apple, as versões mais sofisticadas permitem fazer pagamentos e utilizar GPS. No entanto, é a monitorização física (através do registo de calorias gastas, passos dados, e frequência cardíaca), que empurra as vendas.
É o outro grande foco do novo relógio da Apple. Por exemplo, há uma nova categoria para treinos de alta intensidade intervalados (HIIT) que utiliza novos algoritmos (que consideram as pausas e picos de actividade nos exercícios) para os monitorizar correctamente. Estes smartwatches são um mercado em que a Apple deve continuar a apostar. Na última conferência sobre os resultados financeiros da empresa, em Agosto, Tim Cook, notou que as vendas das outras gerações do Watch tinham subido 50% pelo terceiro semestre consecutivo.
Para a analista da Gartner, Angela McIntyre: “Os smartwatches estão a caminho de representar o maior potencial de receita de todos os wearables até 2021."