CDS-PP quer alargar apoios também a feridos, como defende Marcelo

O PÚBLICO já tinha dado conta desta intenção do CDS.

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CDS já tinha anunciado esta iniciativa legislativa Nuno Ferreira Santos

O CDS-PP vai apresentar no Parlamento um projecto para incluir os feridos e incapacitados nos apoios às vítimas dos incêndios do Verão, no sentido do que defendeu o Presidente da República.

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O CDS-PP vai apresentar no Parlamento um projecto para incluir os feridos e incapacitados nos apoios às vítimas dos incêndios do Verão, no sentido do que defendeu o Presidente da República.

Em declarações à agência Lusa, o líder parlamentar do CDS-PP, Nuno Magalhães, afirmou que "o Estado não pode e não deve, se é um Estado de bem", assumir só uma "responsabilidade parcial" nos efeitos dos incêndios.

O deputado indicou que nas visitas ao terreno dos distritos do centro do país mais afectados pelos fogos, os parlamentares do CDS-PP se aperceberam de que "eram bastantes" as pessoas que sobreviveram aos fogos, mas que ficaram com sequelas para o resto da vida que, em muitos casos, as impedem de trabalhar. O PÚBLICO já tinha dado conta desta intenção do CDS.

O Presidente da República promulgou na segunda-feira o diploma do Parlamento que estabelece medidas de apoio às vítimas dos incêndios de junho, mas com ressalvas, convidando à "reapreciação da matéria, em especial na parte respeitante aos feridos graves".

Nuno Magalhães afirmou que o CDS-PP "percebe muito bem" a razão da promulgação mas "ainda melhor" a fundamentação do Presidente.

"Parece-nos óbvio que se as indemnizações às famílias das vítimas mortais têm por detrás uma lógica de responsabilidade do Estado por essas perdas, a mesma responsabilidade aplica-se "também às pessoas que felizmente não perderam a vida, mas que infelizmente ficaram total ou parcialmente, temporária ou definitivamente incapacitadas", declarou.

Esta semana, o partido vai apresentar na Assembleia da República um projeto de lei "que possa alargar o âmbito, não só territorial como objectivo e subjectivo das vítimas abrangidas", afirmou Nuno Magalhães.