O estilo (pouco) diplomático de Melania Trump

A primeira-dama dos Estados Unidos acompanhou Trump na visita de 12 dias. Passaram pelo Japão, Coreia do Sul e China e não vestiu designers norte-americanos.

Fotogaleria

Melania Trump acompanhou parte da viagem do Presidente dos EUA à Àsia, visitou o Havaí, Japão, Coreia do Sul e China, e parece ter esquecido o slogan "Let's make America great again", já que não veste designers norte-americanos.

A verdade faz-nos mais fortes

Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.

Melania Trump acompanhou parte da viagem do Presidente dos EUA à Àsia, visitou o Havaí, Japão, Coreia do Sul e China, e parece ter esquecido o slogan "Let's make America great again", já que não veste designers norte-americanos.

As críticas à primeira-dama notam que  mais uma vez, esta fugiu à regra subentendida de apoiar designers nacionais dos Estados Unidos. Melania Trump dá antes primazia a criadores europeus. No entanto, houve quem apontasse uma mudança subtil na sua forma de vestir – mais descontraída. "As pistas estavam nos casacos", escreve o New York Times.

A primeira-dama deu os primeiros passos em solo asiático, à chegada ao Japão, num casaco Fendi às riscas com um cinto maleável. Bastante diferente dos casacos estruturados e feitos à medida com um cinto rígido que tanto usou na visita ao Médio Oriente. "Era praticamente um cartaz em cima da sua cabeça a anunciar 'as coisas serão diferentes desta vez'", reporta o jornal norte-americano.

No segundo dia em Tóquio, Melania cumprimentou os imperadores Akihito e Michiko, no Palácio Imperial, com um vestido azul marinho Dior, com uma saia evasê e mangas fluídas, quase em forma de capa. À noite, mudou para um vestido Valentino, encarnado vivo, para o jantar oficial no Palácio de Akasaka.

"Sabendo que a inevitável pergunta 'quem-está-a-vestir' iria pontuar em cada momento, a primeira-dama deu muita importância a cada uma das 18 peças que usou, com a ajuda de o criador de moda e estilista Hervé Pierre [ex-director criativo da Carolina Herrera]", aponta a Women’s Wear Daily.

Talvez o vestido que mais atenção e cobertura mediática gerou foi aquele que utilizou para o jantar organizado pelo presidente chinês Xi Jinping. Numa homenagem à cultura local, Melania optou por um vestido Gucci com motivos florais, mangas felpudas e uma longa racha, num formato clássico chinês conhecido como cheongsam. Durante esse mesmo dia, acompanhou a primeira-dama chinesa numa série de actividades com estudantes, envergando um vestido azul escuro Dolce & Gabbana com motivos floreais estilizados.

O piscar de olho à cultura chinesa representou uma "rara concessão" da parte de Melania, escreve o New York Times. "E uma não muito boa", sendo que "revelou, talvez inadvertidamente, a forma míope como a administração [de Trump] vê aquele país".

Melania afasta-se de todas as outras primeiras-damas dos Estados Unidos da história mais recente, na forma como se apresenta em visitas de Estado e até em território nacional. Em vez de fazer o típico balanço cuidadoso entre usar marcas nacionais e ao mesmo tempo reconhecer de alguma forma o país em questão – como já vimos Michelle Obama e Kate Middleton fazer – a primeira-dama parece simplesmente usar o tipo de roupas e marcas de que sempre gostou. 

"Tal como a abordagem arrojada do seu marido à diplomacia, Melania está a fazer o estilo primeira-dama ao ritmo do seu próprio tambor", escreve o Telegraph.