Bob Geldof entrega prémio porque não quer estar associado a Suu Kyi
O músico irlandês e activista da luta contra a pobreza restituiu o prémio "Liberdade da Cidade de Dublin".
Bob Geldof devolveu um prémio que recebeu da cidade de Dublin porque o compartilha com a líder da Birmânia e prémio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi. O cantor não quer estar associado à alegada limpeza étnica que aquele país está a fazer e sobre a qual a líder birmanesa disse ainda muito pouco.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Bob Geldof devolveu um prémio que recebeu da cidade de Dublin porque o compartilha com a líder da Birmânia e prémio Nobel da Paz, Aung San Suu Kyi. O cantor não quer estar associado à alegada limpeza étnica que aquele país está a fazer e sobre a qual a líder birmanesa disse ainda muito pouco.
O músico irlandês e activista da luta contra a pobreza, Bob Geldof, recebeu o prémio "Liberdade da Cidade de Dublin", mas restitui-o nesta segunda-feira, na sua cidade natal, com o argumento de que não pode estar associado a Aung San Suu Kyi, detentora do mesmo galardão.
Mais de 600.000 muçulmanos, da minoria rohingya, do estado de Rakhine, foram obrigados a fugir para campos de refugiados no Bangladesh, depois daquilo a que as Nações Unidas já veio classificar de limpeza étnica. A comunidade internacional tem insistido para que Suu Kyi se pronuncie, mas a prémio Nobel não só tardou em falar como o que disse não calou as críticas. Para a líder birmanesa, a pressão da ONU é "prejudicial".