YouTube censura vídeos violentos com desenhos animados
Há centenas de vídeos no Youtube – tanto em inglês como em português – que se parecem com versões de desenhos animados populares, mas contêm conteúdo sexual, violento ou impróprio. Vê-se a Elsa atacada pelo King Kong, o Ruca esmagado por chocolates ou a Peppa Pig a ser torturada no dentista.
O YouTube vai censurar vídeos que utilizam desenhos animados infantis (como o Ruca, a Pocoyo e a Peppa Pigs) em cenas violentas, sexuais ou perturbantes, se forem denunciados. Isto não os remove da Internet, mas torna-os inacessíveis a utilizadores com menos de 18 anos e pessoas que não tenham uma conta no YouTube.
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O YouTube vai censurar vídeos que utilizam desenhos animados infantis (como o Ruca, a Pocoyo e a Peppa Pigs) em cenas violentas, sexuais ou perturbantes, se forem denunciados. Isto não os remove da Internet, mas torna-os inacessíveis a utilizadores com menos de 18 anos e pessoas que não tenham uma conta no YouTube.
A nova política foi anunciada na quinta-feira, depois de a equipa ser alertada para personagens de “entretenimento familiar” em cenas perturbantes, numa publicação do blogue Medium de James Briddle que se tornou viral. Os vídeos falsos e problemáticos mostram desenhos animados como o Ruca, a serem “atropelados” por sacos de chocolates gigantes, ou torturados durante uma ida ao dentista.
“Estamos no processo de pôr em prática uma nova política que também restringe este conteúdo na aplicação principal do YouTube quando é censurada”, escreve Juniper Downs, o director de política do YouTube, num email enviado ao PÚBLICO sobre a questão. A empresa já tinha proibido tais vídeos para gerar receitas com publicidade na esperança que deixassem de ser criados. Não funcionou.
Há centenas de vídeos no YouTube – tanto em inglês como em português – que se parecem com versões de desenhos animados populares, mas contêm conteúdo que não é apropriado a crianças (“Elsa de Frozen atacada pelo King Kong?”, é só um exemplo). Muitos utilizam títulos como “nova temporada”, ou “novos episódios 2017” para enganar o algoritmo do YouTube e aparecer como sugestões de vídeos oficiais das séries que copiam.
Com as novas alterações, o YouTube pretende impedir que estes vídeos sejam vistos pelos mais novos. Porém, para garantir que as restrições de idade funcionam, e que os vídeos não recebem dinheiro de publicidade, o conteúdo tem de ser primeiro denunciado por um utilizador normal (há uma nova categoria: “uso inapropriado de personagens de entretenimento familiar”). Depois, tem de ser revisto pela equipa de moderadores humanos do YouTube.
De acordo com o director de política do site: “A equipa do YouTube é composta por pais que estão motivados a melhorar as nossas aplicações e acertar no processo.”