A Web Summit está numa (boa) relação com as mulheres
Dois em cada cinco dos 60 mil participantes são do sexo feminino.
Um terço dos 1200 oradores e dois em cada cinco dos 60 mil participantes da Web Summit são mulheres. São números atípicos para uma conferência de tecnologia, garante a organização.
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Um terço dos 1200 oradores e dois em cada cinco dos 60 mil participantes da Web Summit são mulheres. São números atípicos para uma conferência de tecnologia, garante a organização.
Os números foram revelados ao início desta tarde e deixam a organização muito satisfeita, porque “eventos centrados nas tecnológicas têm tipicamente 20% de mulheres”.
Em comparação com a primeira edição realizada em Lisboa, em 2016, os números desta segunda edição traduzem um aumento de 50% no número de oradores do sexo feminino. Quanto ao público, a presença feminina em 2017 é semelhante à da edição precedente.
Importante para este resultado é o facto de terem sido postos à venda “milhares de entradas com grande desconto” destinado a mulheres e, numa perspectiva de médio e longo prazo, o Compromisso de Mudança assumido pela Web Summit de 2015 e que, no essencial, tem servido para dinamizar políticas e acções que aumentem a presença feminina em acontecimentos deste género.
“Estamos seguros de que 42% é a maior percentagem de sempre para uma conferência de tecnologia desta envergadura”, afirma Eleanor McGrath, responsável pela comunicação da Web Summit de Lisboa. “É um marco importante, mas sabemos que podemos ir ainda mais longe”, acrescenta.
A plataforma de aluguer Booking estabeleceu uma parceria com a conferência lisboeta para “aumentar o envolvimento das mulheres no sector tecnológico”. Isso levou à criação de um lounge reservado a mulheres, eventos de network específicos e um programa de mentores para mulheres que arriscam uma carreira neste sector historicamente dominado pelo sexo masculino.
Para a Web Summit, os números deste ano ganham importância acrescida devido ao contexto mundial.
“Num ano em que temas como o preconceito, o assédio e a violência contra mulheres – na indústria tecnologia e muitas outras – têm estado nas notícias, sabemos que ainda temos muito para contribuir para o ecossistema desta indústria.”
O PÚBLICO questionou a organização sobre o número de mulheres envolvidas em cargos ou funções de topo na organização da Web Summit de Lisboa, mas não obteve resposta.