Depois de acudir às pessoas, Galiza anuncia medidas de fundo contra fogos

Proibida plantação de eucaliptos, pinheiros e acácias em 50 metros em redor de habitações.

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Governo de Núñez Feijoo apresentou medidas sobre a floresta que visam prevenir os grandes fogos DR

Menos de uma semana depois dos incêndios dos dias 14 e 15 de Outubro na Galiza, arrancaram os trabalhos de reabilitação e reflorestação da área ardida. Por essa altura estavam já decididas as indeminizações às vítimas e os apoios para a reconstrução das habitações afectadas pelo fogo. Nesta terça-feira, a Junta da Galiza anunciou as medidas de fundo que pretende aprovar para que não voltem a arder em dois dias quase 50 mil hectares de floresta, causando quatro mortos, 128 feridos e cerca 2400 desalojados.

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Menos de uma semana depois dos incêndios dos dias 14 e 15 de Outubro na Galiza, arrancaram os trabalhos de reabilitação e reflorestação da área ardida. Por essa altura estavam já decididas as indeminizações às vítimas e os apoios para a reconstrução das habitações afectadas pelo fogo. Nesta terça-feira, a Junta da Galiza anunciou as medidas de fundo que pretende aprovar para que não voltem a arder em dois dias quase 50 mil hectares de floresta, causando quatro mortos, 128 feridos e cerca 2400 desalojados.

Uma das principais medidas anunciadas no parlamento local pelo presidente da Junta da Galiza, Alberto Núñez Feijoo, passa por aumentar de 30 para 50 metros as zonas em redor das habitações em que é proibido plantar árvores de combustão rápida, como eucaliptos, pinheiros e acácias.

Esta medida será aplicada nas regiões em que o vento nordeste é mais forte e sopra em direcção a habitações, como em Pontevedra e Corunha. Em Orense e Lugo, mantêm-se os 30 metros em que plantação daquelas árvores é proibida, mas há medidas adicionais: nos 20 metros seguintes à área de protecção, podem-se plantar eucaliptos e pinheiros, mas com uma distância mínima de dez metros entre si. As acácias são totalmente proibidas nos 50 metros em redor das casas.

Outras das 30 medidas anunciadas por Feijoo é a criação de legislação para facilitar que os terrenos de proprietários desconhecidos, incontactáveis ou mortos sejam colocados num banco de terras e entregues a quem esteja disposto, e ofereça garantias, a explorá-los

O plano do governo galego para melhorar o combate aos incêndios em matéria de prevenção, ordenamento e dinamização da floresta e para dificultar a vida aos incendiários prevê também a criação de uma rede de videovigilância florestal, com câmaras colocadas em pontos estratégicos, e de uma rede de Equipas Florestais de Investigação de apoio à Guarda Civil e à polícia na detecção e identificação de eventuais incendiários.

A “Xunta” pretende também chegar a um acordo com as autarquias para que estas possam fazer a limpeza da floresta, com apoio financeiro da região. Quer ainda criar uma comissão parlamentar exclusivamente dedicada à luta contra os incêndios e obtenção de um pacto florestal entre todas as forças políticas.

A oposição parlamentar galega, acusou o governo local de Feijoo (do Partido Popular) de estar aprovar agora medidas que recusou no passado, apontando-lhe responsabilidades pelos incêndios deste ano.

A Junta da Galiza aprovou a 19 de Outubro um decreto-lei em que detalhava as ajudas para empresas e pessoas afectadas pelos fogos dos dias 14 e 15 desse mês. Entre essas ajudas está o pagamento de um máximo de 100 mil euros às vítimas dos fogos que perderam ou tiveram parcialmente destruída a primeira habitação. Para as casas de uso ocasional, o apoio vai até aos 40 mil euros.

Foi também estipulada uma verba até três mil euros para reparações de construções de uso rural, como currais. Estas verbas serão complementares a eventuais indemnizações de seguros. Aos familiares dos quatro mortos foi atribuída uma compensação de 75 mil euros. As ajudas incluem ainda o pagamento das rendas dos que tiveram de arrendar outra casa por verem a habitação ardida. O executivo regional pagará 450 euros por mês durante dois anos aos afectados pelos fogos e mais 600 euros para restabelecerem o fornecimento de água e electricidade.