Hospital da Régua vai ser remodelado após fecho em 2016 devido a Legionella

Candidatura aos fundos comunitários terá que ser submetida até ao fim do ano.

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Rui Gaudencio

O hospital da Régua vai ser alvo de uma candidatura a dois milhões de euros de fundos comunitários para obras de remodelação, após ter sido encerrado em 2016 devido à detecção de Legionella no edifício, anunciou nesta terça-feira a câmara.

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O hospital da Régua vai ser alvo de uma candidatura a dois milhões de euros de fundos comunitários para obras de remodelação, após ter sido encerrado em 2016 devido à detecção de Legionella no edifício, anunciou nesta terça-feira a câmara.

O Hospital D. Luiz I encerrou no dia 3 de Março de 2016 após ter sido detectada Legionella na rede de água deste edifício, onde apenas estava em funcionamento um piso, designadamente o do internamento.

O presidente da Câmara da Régua, José Manuel Gonçalves, esteve nesta terça-feira reunido com a Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte para falar sobre este processo e, no final, disse à agência Lusa que a candidatura aos fundos comunitários terá que ser submetida até ao fim do ano.

"Estamos a servir de agentes para recuperarmos um equipamento importante para o concelho e a região. Andamos numa roda-viva a tentar viabilizar todo o processo", frisou.

A autarquia duriense lidera o processo que junta ainda a proprietária do edifício, a Santa Casa da Misericórdia da Régua, a ARS Norte e o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD).

A candidatura, segundo o presidente, prevê a remodelação completa do edifício, a criação de 30 quartos, uma unidade de convalescença com meios complementares de diagnóstico, unidade de fisioterapia e consultas externas.

José Manuel Gonçalves estima que a candidatura deve rondar os dois milhões de euros.

O autarca explicou ainda que o financiamento está "praticamente garantido", pois vai ser alocado de um plano de acção para a regeneração urbana que o município já tinha apresentado.

A comparticipação nacional, que poderá rondar os 300 mil euros, ficará, segundo acrescentou, a cargo da ARS.

O responsável afirmou que a reabertura desta unidade hospitalar sempre foi encarada como uma prioridade para esta autarquia do distrito de Vila Real.

No entanto, frisou, a câmara quer ir mais longe e vai insistir na abertura de uma urgência ou, pelo menos, um serviço de atendimento que funcione 24 horas por dia.

"O aumento do fluxo de turistas a esta região só por si já justifica isso", sustentou.

Após a notícia do fecho do Hospital D. Luiz I foram muitos os que se mostraram preocupados com o encerramento definitivo desta unidade hospitalar, mas o Governo, através do secretário de Estado da Saúde, Manuel Delgado, garantiu, posteriormente que o hospital iria reabrir "tão cedo quanto possível" e após obras de requalificação.

Antes de fechar por causa da Legionella, o hospital da Régua esteve a funcionar apenas parcialmente durante algum tempo.

No entanto, o encerramento do hospital da cidade duriense esteve por diversas vezes em cima da mesa, estando também incluído na lista de hospitais que o Governo PSD/CDS-PP queria devolver às misericórdias.

Esta é uma das unidades hospitalares que faz parte do Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD), que tem sede social em Vila Real e agrega ainda os hospitais de Chaves e Lamego.