Stephen Hawking apareceu na Web Summit para falar de inteligência artificial

Físico mostrou-se “optimista” em relação à inteligência artificial, mas deixou um alerta: “Temos de estar a par dos riscos”.

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Nuno Ferreira Santos

Stephen Hawking foi a surpresa na cerimónia de abertura da Web Summit. Num vídeo mostrado nos grandes ecrãs atrás do palco, o físico reflectiu sobre o poder e os riscos da inteligência artificial. “Sou um optimista”, afirmou Hawking, que foi filmado em frente a um quadro de ardósia onde se via uma placa do evento e cuja intervenção não constava do programa. “A inteligência artificial pode funcionar em harmonia connosco. Mas temos de estar a par dos riscos.”

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Stephen Hawking foi a surpresa na cerimónia de abertura da Web Summit. Num vídeo mostrado nos grandes ecrãs atrás do palco, o físico reflectiu sobre o poder e os riscos da inteligência artificial. “Sou um optimista”, afirmou Hawking, que foi filmado em frente a um quadro de ardósia onde se via uma placa do evento e cuja intervenção não constava do programa. “A inteligência artificial pode funcionar em harmonia connosco. Mas temos de estar a par dos riscos.”

O físico tem sido uma das mais proeminentes vozes a avisar para os potenciais riscos da inteligência artificial. Na intervenção gravada para a audiência no Altice Arena, em Lisboa, voltou a sublinhar a importância de reflectir sobre o desenvolvimento desta tecnologia. “Talvez devamos todos parar por um momento, e não apenas fazer com que a inteligência artificial seja bem sucedida, mas pensar em como a sociedade vai ser beneficiada”. Hawking alertou para a necessidade de incorporar questões éticas no desenvolvimento da tecnologia, um assunto que tem vindo a ser progressivamente alvo de mais atenção, à medida que as empresas desenvolvem carros autónomos que terão de decidir como agir em caso de acidente, e armas que patrulham fronteiras e que poderão disparar sem intervenção humana.

“Acredito que não há diferença entre o que pode ser alcançado por um ser biológico e o que pode ser alcançado por um computador”, afirmou o cientista, que observou que a tecnologia poderá ser capaz de erradicar problemas como as doenças e a pobreza. Mas ressalvou que os humanos não sabem se, no futuro, vão ser ajudados por um inteligência artificial sofisticada, simplesmente ignorados ou “destruídos por ela”.

Hawking argumentou que é necessário “estar a par dos perigos, identificá-los, usar as melhoras práticas e gestão possíveis, e preparar para as consequências com muita antecipação”.