Trump fala dos “problemas mentais” do atirador e recusa discutir acesso a armas

Presidente norte-americano nega que a política de acesso a armas seja parte do problema relacionado com ataque no Texas.

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O Presidente norte-americano, Donald Trump, considerou esta segunda-feira que o ataque a uma igreja baptista no Texas foi “um crime horrendo” e um “acto de maldade” e referiu os “problemas mentais” do atirador, descartando que o caso esteja relacionado com o controlo de armas nos Estados Unidos. O tiroteio decorreu durante a celebração de domingo numa igreja baptista em Sutherland Springs, a sudeste de San Antonio, a segunda maior cidade daquele estado, e provocou a morte de pelo menos 26 pessoas.

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O Presidente norte-americano, Donald Trump, considerou esta segunda-feira que o ataque a uma igreja baptista no Texas foi “um crime horrendo” e um “acto de maldade” e referiu os “problemas mentais” do atirador, descartando que o caso esteja relacionado com o controlo de armas nos Estados Unidos. O tiroteio decorreu durante a celebração de domingo numa igreja baptista em Sutherland Springs, a sudeste de San Antonio, a segunda maior cidade daquele estado, e provocou a morte de pelo menos 26 pessoas.

Questionado sobre as medidas que pondera adoptar em resposta a mais um ataque com recurso a armas de fogo, Trump descartou qualquer decisão relacionada com o acesso a armas e respondeu que, com base nos relatórios preliminares, “o atirador era um indivíduo desequilibrado, com muitos problemas”. “Temos muitos problemas de saúde mental no nosso país, tal como outros países. Mas isto não é um problema relacionado com armas”, argumentou.

“Isto é um problema mental ao mais alto nível. É um episódio muito, muito triste”, resumiu.

“Os nossos corações estão desfeitos”, disse. “Em momentos de crise, unimo-nos, damos as mãos e, apesar das lágrimas e da tristeza, mantemo-nos fortes”, disse Trump, em Tóquio, onde se encontra numa visita oficial de 12 dias a cinco países asiáticos.

“Este acto diabólico ocorreu quando as vítimas e as suas famílias estavam num local sagrado”, disse ainda o Presidente norte-americano, citado pelo New York Times.

Também o primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, expressou as suas “profundas condolências” e disse estar “solidário, do fundo do coração”, com os norte-americanos “durante este momento difícil”.

Ao final da noite de domingo (ainda tarde no Texas), o governador do estado, Greg Abbott, confirmou a existência de 26 vítimas mortais, com idades entre os 5 e os 72 anos, mas é expectável que o número aumente. Várias vítimas estão ainda no hospital com ferimentos, que vão desde escoriações ligeiras a ferimentos graves, havendo pessoas em risco de vida.

O atirador, que ainda não foi oficialmente identificado pela polícia, foi descrito como um norte-americano branco de 26 anos, veterano da Força Aérea. Conta o New York Times que o serviço que cumpriu no Novo México foi interrompido pelo tribunal em 2012, depois de ser julgado por “má conduta” por ter batido na mulher e criança de ambos. Abandonou as Forças Armadas em 2014, adiantou a porta-voz do organismo, Ann Stefanek.

De acordo com a polícia norte-americana, o atirador foi visto numa estação de combustível em Sutherland Springs pelas 11h20, antes de começar a disparar.

Este é, de acordo com o governador Greg Abbott, o atentado com recurso a arma de fogo mais mortífero na história do Texas.

O último tiroteio numa igreja nos EUA ocorreu em Charleston, na Carolina do Sul, em Junho de 2015, e teve uma motivação racista. Nove pessoas morreram então. O autor, o supremacista branco Dylann Roof, foi condenado à morte. O ataque deste domingo ocorre cinco semanas depois do massacre com recurso a arma de fogo mais mortífero do país, em Las Vegas. O ataque matou pelo menos 58 pessoas e mais de 500 ficaram feridas.