Audiência Nacional mantém dois líderes de associações catalãs na prisão
Juíza nega pedido de advogados considerando "a gravidade" dos delitos de Jordi Sànchez e Jordi Cuixart.
A Audiência Nacional espanhola recusou o recurso dos advogados de Jordi Sànchez e Jordi Cuixart, presidentes das duas maiores associações independentistas da Catalunha, a Assembleia Nacional Catalã e a Òmnium, para que estes fossem libertados.
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A Audiência Nacional espanhola recusou o recurso dos advogados de Jordi Sànchez e Jordi Cuixart, presidentes das duas maiores associações independentistas da Catalunha, a Assembleia Nacional Catalã e a Òmnium, para que estes fossem libertados.
Os dois responsáveis foram presos preventivamente a 16 de Outubro enquanto são investigados por “sedição” devido à organização de uma manifestação pró-independência. Os advogados alegaram que não existe perigo de reincidência porque a situação na Catalunha mudou completamente.
Os dois estão detidos devido às suas acções no dia 20 de Setembro, quando o Govenro espanhol tomou medidas significativas para impedir a realização do referendo de 1 de Outubro, considerado ilegal por Madrid.
A situação de facto mudou muito, com a declaração de independência do presidente da Generalitat, a aplicação, por Madrid, do artigo 155.º, a saída de Carles Puigdemont para Bruxelas e, na quinta-feira, a prisão de oito membros do governo catalão destituído por Madrid, aguardando-se a decisão da juíza Carmen Lamela sobre o pedido do Ministério Público de um mandado de captura europeu para Puigdemont e os outros quatro conselheiros da Generalitat destituídos.
Os advogados mencionavam ainda a realização próxima de eleições, marcadas para 21 de Dezembro.
O Ministério Público opôs-se à libertação tendo em conta que “ainda hoje” os dois responsáveis “continuam a apelar à mobilizaçãp social para conseguir das autoridades catalãs a separação forçada da Catalunha”.
A juíza recusou a libertação, considerando a gravidade dos delitos dos dois responsáveis, que “tentaram impedir a aplicação da lei” para “conseguir a celebração do referendo e com ele a proclamação de uma república catalã”.