Jovem agredido e esfaqueado no Urban Beach: “Só voltei a acordar dentro da ambulância”
Magnusson Brandão Gomes contou à SIC como foi agredido. Diz que agressões foram protagonizadas por seis seguranças e que um deles lhe deu uma facada.
Afinal não foram apenas os murros e pontapés visíveis no vídeo que circulou nas redes sociais. Um dos jovens agredidos por seguranças da discoteca Urban Beach disse à SIC Notícias que levou também uma “facada na perna” e confirma que perdeu os sentidos.
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Afinal não foram apenas os murros e pontapés visíveis no vídeo que circulou nas redes sociais. Um dos jovens agredidos por seguranças da discoteca Urban Beach disse à SIC Notícias que levou também uma “facada na perna” e confirma que perdeu os sentidos.
Magnusson Brandão Gomes contou que estava num grupo com mais três amigos. “Do nada apareceram os seguranças e vieram ter connosco. Perguntaram o que estávamos ali a fazer. Dissemos: ‘estamos a passear’. Viemos cá mas ainda estamos a decidir se vamos entrar ou não, porque uns tinham dinheiro para pagar a entrada e outros não. Eles perguntaram se viemos curtir ou roubar. Nós respondemos que não. Eles disseram: ‘vocês vieram foi para roubar’”, contou o jovem à televisão de Carnaxide, acrescentando que de seguida começaram as agressões.
O vídeo mostra murros e pontapés, mas Magnusson Brandão Gomes diz que também foi esfaqueado numa perna. “[Um dos seguranças] Deu-me um soco e eu caí. Ao levantar-me, veio outro e deu-me uma cabeçada. Voltei a cair e fiquei inconsciente. O meu colega tentou ajudar-me a levantar e começaram aos pontapés na cara e nas costas. Do nada houve um que passou e me deu uma facada na perna.”
Magnusson Brandão Gomes conta que dois amigos conseguiram escapar e chamar a PSP. Aliás, o jovem revela que havia agentes no local. “Nós eramos quatro. Dois estavam afastados porque fugiram. A PSP foi atrás deles para os identificar, mas mesmo assim não deixaram a PSP entrar. E a PSP viu que eu já não estava bem. Apaguei de novo e só voltei a acordar dentro da ambulância. E estava lá o meu colega do lado, que também tinha sofrido agressão”, acrescentou Magnusson nas declarações à SIC.
Estas agressões levaram já o Ministério Público a abrir um inquérito e a Câmara de Lisboa a solicitar uma reunião urgente com o Ministério da Administração Interna e a PSP. O Bloco de Esquerda e o CDS já exigiram que a autarquia retire a licença à discoteca.