Cunha já pediu reconhecimento como “loja histórica”

Comissão vai avaliar pedido da confeitaria e restaurante. Se for reconhecida, a centenária Cunha pode salvar-se do despejo

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Na reunião desta terça-feira, Rui Moreira revelou que a confeitaria e restaurante Cunha pediu, na segunda-feira, o reconhecimento como “loja histórica”, o que, a concretizar-se, deverá impedir o despejo anunciado do espaço icónico da Baixa da cidade. “A Cunha apresentou ontem a candidatura, agora será a comissão independente que irá avaliar”, disse o autarca.

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Na reunião desta terça-feira, Rui Moreira revelou que a confeitaria e restaurante Cunha pediu, na segunda-feira, o reconhecimento como “loja histórica”, o que, a concretizar-se, deverá impedir o despejo anunciado do espaço icónico da Baixa da cidade. “A Cunha apresentou ontem a candidatura, agora será a comissão independente que irá avaliar”, disse o autarca.

A protecção das lojas históricas, no âmbito do programa "Porto de Tradição", foi um dos temas da reunião do executivo, que aprovou, por unanimidade, o reconhecimento como “estabelecimentos de interesse histórico e cultural ou social” da Farmácia Lemos e do restaurante A Regaleira – dois casos que tinham ficado pendentes de nova avaliação, depois de terem sido apresentadas reclamações à sua distinção.

Enquanto ainda se aguarda pelo regulamento do programa "Porto de Tradição" – que deverá estar pronto muito em breve, segundo o vereador Ricardo Valente – os donos das lojas podem continuar a apresentar candidaturas à distinção de “loja histórica”. O socialista Manuel Pizarro ainda sugeriu que, até lá, a câmara pudesse ter uma “atitude mais proactiva” e contactar ela mesma os donos de lojas com interesse, para os incentivar a concorrer, mas Rui Moreira descartou essa possibilidade, apesar de defender que “a atitude pedagógica por parte da câmara deve ser feita”.

Para o autarca, o mais importante é divulgar o programa, para que os interessados possam candidatar-se – todos os que cumpram os requisitos, incluindo os que tinham sido seleccionados na primeira lista de 83 espaços e que não obtiveram, ainda, o reconhecimento. “Estamos a preparar uma acção, envolvendo a Associação de Comerciantes do Porto, para chamar a atenção para essa possibilidade [de candidatura]”, afirmou o presidente da câmara.

Entretanto, num documento distribuído à vereação e aos jornalistas, os responsáveis pelo "Porto de Tradição" divulgaram a existência quinze novos requerimentos de lojas à procura de serem distinguidas. São eles a chapelaria Costa Braga & Filhos, Ld.ª, o Pretinho do Japão, Neves & Filha, Ld.ª (Ourives/Joalheiros), o Teatro Sá da Bandeira, a loja de lâmpadas FontLuz, os Armazéns do Castelo, a Deltrilã, a Fausto & Almeida (material eléctrico), O Cochicho (linhas e botões), a Botónia, o Café Moreira, Vaz, Oliveira & C.ª, Ld.ª (tecidos), os Armazéns Patrício, a Ourivesaria Brilhante e A Pérola do Bolhão. A estes junta-se, agora, a Cunha.