Digital ganha peso nas vendas de jornais generalistas
Peso da internet nas vendas totais passou de 13,8% no ano passado para 16,7% em 2017.
Os cinco principais títulos da imprensa portuguesa venderam 277.557 exemplares (média por edição) entre as suas edições impressas e digitais nos primeiros oito meses de 2017, menos 18.561 do que no ano passado. Mas esta queda de 6,2% deve-se sobretudo ao recuo das vendas de jornais em papel – que caíram 9,4% face ao período homólogo –, enquanto a circulação digital paga teve uma subida de 13,3% e está a ganhar peso.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
Os cinco principais títulos da imprensa portuguesa venderam 277.557 exemplares (média por edição) entre as suas edições impressas e digitais nos primeiros oito meses de 2017, menos 18.561 do que no ano passado. Mas esta queda de 6,2% deve-se sobretudo ao recuo das vendas de jornais em papel – que caíram 9,4% face ao período homólogo –, enquanto a circulação digital paga teve uma subida de 13,3% e está a ganhar peso.
De acordo com os dados da Associação Portuguesa para o Controlo de Tiragem (APCT) publicados nesta segunda-feira, o peso da circulação digital paga no total das vendas do Correio da Manhã, Jornal de Notícias, PÚBLICO, Diário de Notícias e Expresso está a subir, tendo passado de 13,8% para 16,7%. Nos primeiros oito meses de 2016, a circulação impressa e digital pagas chegavam aos 296.118 exemplares, dos quais 40.986 eram vendas online. No corrente ano, até Agosto, as vendas totais caíram para 277.533, mas o digital aumentou para 46.452.
De uma forma geral, o aumento do peso do digital no total das vendas não foi suficiente para estancar as perdas. Apenas o PÚBLICO conseguiu ver as suas vendas totais (em papel e digital) aumentarem 4,7%. Os restantes títulos tiveram quedas que oscilaram entre os 10,5% do Correio da Manhã e os 5,3% do Jornal de Notícias que, ainda assim, continuam a ser os diários que mais exemplares vendem.
Digital com aumento generalizado
Todos os títulos viram a sua circulação impressa paga recuar, com o Diário de Notícias a protagonizar a maior queda (-16%), seguido do Correio da Manhã (-11%) – que ainda assim continua a liderar as vendas com 88.671 exemplares –, Expresso (-9%), Jornal de Notícias (-8%) e PÚBLICO, que teve um recuo de 2%.
Já a circulação digital paga está a ganhar expressão e protagoniza uma subida em praticamente todos os jornais analisados, com excepção do Correio da Manhã que teve um recuo homólogo de 5%, sendo que, neste diário, o digital resume-se a 1067 assinaturas.
A maior subida foi registada na circulação digital paga do DN, que aumentou 46%, para 3408 assinaturas, seguindo-se o Jornal de Notícias, que teve um aumento de 34% (5318 assinaturas). Por fim, o PÚBLICO subiu 14%, para 13.985 assinaturas, assumindo-se como o diário em que o digital adquire maior expressão. Na categoria dos semanários, o Expresso teve uma subida de 6% para 22.674 assinaturas digitais.