PS-Madeira vai a votos

Emanuel Câmara quer liderar o partido para lançar Cafôfo para o governo regional.

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O independente Paulo Cafôfo é presidente da Câmara do Funchal à frente de uma coligação alargada que inclui os socialistas Nuno Ferreira Santos

Não é o timing que a liderança regional do partido esperava, mas o PS-Madeira vai mesmo a votos, possivelmente ainda este ano. O calendário das eleições directas e do congresso regional vai sair de uma reunião da comissão regional do partido marcada para 17 de Novembro.

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Não é o timing que a liderança regional do partido esperava, mas o PS-Madeira vai mesmo a votos, possivelmente ainda este ano. O calendário das eleições directas e do congresso regional vai sair de uma reunião da comissão regional do partido marcada para 17 de Novembro.

A marcação do congresso é, à luz dos estatutos, normal, pois estas reuniões magnas devem ocorrer de dois em dois anos. Anormal é o ruído à volta deste processo, que coloca a nu as divisões internas no partido, que nem os resultados eleitorais de 1 de Outubro, os melhores de sempre no plano autárquico, conseguiram esbater.

Primeiro foi o anúncio da candidatura à liderança do partido de Emanuel Câmara, autarca do Porto Moniz, um pequeno município no extremo norte da ilha. Depois as pressões para a organização de um acto eleitoral e da convocação de um congresso.

Isto, numa altura em que Carlos Pereira, que lidera o partido desde 2015, tentava capitalizar os resultados das autárquicas - o PS conquistou três câmaras e integra a coligação que ganhou no Funchal - para apresentar uma moção de censura ao governo do social-democrata Miguel Albuquerque.

Nos últimos dias, tem-se assistido a um contar de espingardas para a batalha que se avizinha. Um dado é certo. Apesar dos candidatos serem Carlos Pereira e Emanuel Câmara, a disputa será entre a actual liderança e os apoiantes de Paulo Cafôfo, o independente que preside à Câmara do Funchal.

O autarca do Porto Moniz, já disse que, se conquistar a liderança do PS-Madeira, quem avançará como candidato às regionais de 2019 não será ele, mas alguém que mobilize o partido, numa referência a Paulo Cafôfo.