ArcoMadrid escolhe futuro como tema e apela à acção
Portugal estará presente na próxima edição da feira de arte com 14 galerias, o mesmo número do ano passado.
Já se sabia que em 2018 a ArcoMadrid, a mais importante feira de arte contemporânea da Península Ibérica, não teria um país convidado como é habitual. Queria repetir o modelo testado em 2016, quando fez 35 anos, mas ainda não se conhecia o tema da curadoria. Será à volta do futuro, revelou esta terça-feira a organização, e mais exactamente de um mote que apela à acção: “O futuro não é o que se vai passar, mas o que vamos fazer".
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Já se sabia que em 2018 a ArcoMadrid, a mais importante feira de arte contemporânea da Península Ibérica, não teria um país convidado como é habitual. Queria repetir o modelo testado em 2016, quando fez 35 anos, mas ainda não se conhecia o tema da curadoria. Será à volta do futuro, revelou esta terça-feira a organização, e mais exactamente de um mote que apela à acção: “O futuro não é o que se vai passar, mas o que vamos fazer".
A próxima edição da ArcoMadrid, que terá lugar no final do mês de Fevereiro, entre os dias 21 e 25, anunciou também ter seleccionado mais de 200 galerias, 160 das quais integrarão o programa geral. Vinte mostram-se no programa especial dedicado ao futuro, com curadoria de Chus Martínez, Rosa Lleó e Elise Lammer, e que será apresentado num espaço fluido desenhado pelo arquitecto espanhol Andrés Jaque. Portugal não terá nenhuma galeria presente nesse programa especial, mas será possível encontrar ali nomes de artistas portugueses representados por galerias estrangeiras, como Hugo Canoilas e Pedro Neves Marques.
Há ainda duas outras secções especiais, que já têm a sua tradição na feira. Com 14 galerias seleccionadas, o programa Diálogos volta a ter curadoria de María del Corral, Lorena Martínes de Corral e Catalina Lozano. Já no programa Opening, dedicado aos novos espaços, estarão presentes 19 galerias, numa selecção da responsabilidade de Stefanie Hessler e Ilaria Gianni.
Saídas e entradas
Um dos 29 países presentes em Madrid, Portugal estará na capital espanhola com 14 galerias, mais uma galeria do que na última edição. No programa geral, não se encontra o nome da galeria Mário Sequeira, situada nos arredores de Braga, uma presença constante em Madrid nos últimos 17 anos. E há mais entradas e saídas: a galeria Francisco Fino, de Lisboa, entra no Opening, a Kubikgallery não regressa. Mantêm-se as jovens galerias Madragoa e Pedro Alfacinha, que participaram pela primeira vez na feira este ano.
Novidade no programa geral, em 2018, será o regresso da galeria Caroline Pagès (Lisboa) e da Pedro Oliveira; de resto, regressam outras nove galerias: 3+1 (Lisboa), Baginski (Lisboa), Cristina Guerra (Lisboa), Filomena Soares (Lisboa), Graça Brandão (Lisboa), Múrias Centeno (Lisboa), Pedro Cera (Lisboa), Quadrado Azul (Porto) e Vera Cortês (Lisboa).
A Mário Sequeira decidiu não apresentar candidatura em 2018 porque a direcção artística mudará de mãos, explicou o galerista ao PÚBLICO: “Tivemos uma restruturação. O meu programa acaba exactamente em Fevereiro e nessa altura entra o meu filho.” Sobre se marcará presença na terceira edição da ArcoLisboa, Mário Sequeira diz que é uma decisão a tomar pela nova direcção.
Já João Azinheiro, da Kubik, neste momento em Bogotá a fazer a feira ARTBO, decidiu também não concorrer, porque teria de passar para o programa geral, com uma participação mais ambiciosa, uma vez que deixou de ser elegível para o Opening. Estará na JustMAD, uma feira emergente em Madrid, pretende concorrer à ArcoLisboa e quer ainda voltar à SPArte (São Paulo). “Não tem nada a ver com a ArcoMadrid, é só uma questão de estratégia. Mas feiras é que não faltam.”
Artigo corrigido: são 14 as galerias presentes na ArcoMadrid, com o regresso da galeria Pedro Oliveira