Cristiano Ronaldo é “The Best”. Outra vez
Distinguido na gala da FIFA como o melhor futebolista da temporada 2016-17.
É uma daquelas tradições com desfecho mais ou menos previsível: Cristiano Ronaldo foi, sem surpresa, distinguido com o prémio da FIFA para melhor futebolista na temporada 2016-17. Pela quinta vez o trono mundial pertence ao madeirense, que superou na votação o argentino Lionel Messi e o brasileiro Neymar. O anúncio da vitória de Cristiano Ronaldo foi feito a meias por Diego Maradona e Ronaldo “Fenómeno” e o galardão foi entregue pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino. “Foi um ano extraordinário”, descreveu Cristiano Ronaldo, premiado por uma temporada em que conquistou a Liga dos Campeões, a Liga espanhola e o Mundial de clubes.
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É uma daquelas tradições com desfecho mais ou menos previsível: Cristiano Ronaldo foi, sem surpresa, distinguido com o prémio da FIFA para melhor futebolista na temporada 2016-17. Pela quinta vez o trono mundial pertence ao madeirense, que superou na votação o argentino Lionel Messi e o brasileiro Neymar. O anúncio da vitória de Cristiano Ronaldo foi feito a meias por Diego Maradona e Ronaldo “Fenómeno” e o galardão foi entregue pelo presidente da FIFA, Gianni Infantino. “Foi um ano extraordinário”, descreveu Cristiano Ronaldo, premiado por uma temporada em que conquistou a Liga dos Campeões, a Liga espanhola e o Mundial de clubes.
Cristiano Ronaldo é “The Best” outra vez. Na segunda edição desde que o prémio voltou à alçada exclusiva da FIFA (após um período de seis anos em que esteve fundido com a Bola de Ouro da France Football), o internacional português repetiu o triunfo e recolheu 43,16% dos votos, contra 19,25% de Messi e 6,97% para Neymar — é um resultado mais expressivo que o obtido em 2016, quando Cristiano Ronaldo teve 34,54% contra 26,42% de Messi. No início do ano, quando a revista francesa realizar a cerimónia de entrega da Bola de Ouro, é mais do que provável que o futebolista português tenha outro prémio para levar para casa.
Outra tradição nestas atribuições de prémios é nem Cristiano Ronaldo nem Lionel Messi votarem um no outro. O primeiro, enquanto capitão da selecção portuguesa, deu os votos a três companheiros de equipa: Luka Modric, Sergio Ramos e Marcelo. O internacional argentino adoptou a mesma lógica no seu voto, tendo escolhido Luis Suárez, Andrés Iniesta e Neymar.
“Em primeiro lugar quero agradecer aos meus companheiros do Real Madrid. Aos meus companheiros de selecção também. Foi um ano extraordinário. Há 11 anos que estou no palco. É fruto de talento, trabalho duro, muita dedicação. Consegui algo que eu ambicionava, ganhar troféus colectivos e individuais. É um momento único na minha carreira, estou muito feliz. Obrigado a todos”, começou por dizer Cristiano Ronaldo, num discurso em português. Depois passou para o inglês: “Obrigado aos que votaram a mim. Parabéns ao Messi e ao Neymar. É um grande momento para mim e estou muito feliz.”
Zidane o melhor treinador
Também sem surpresa, Zinedine Zidane foi eleito o melhor treinador da época passada, um reconhecimento ao trabalho do técnico francês que, na segunda temporada ao leme do Real Madrid, conquistou a Liga dos Campeões, Liga espanhola e Mundial de clubes. Depois de ter sido segundo na votação de 2016, atrás de Claudio Ranieri, Zidane impôs-se por uma margem esmagadora: teve 46,22% do total de votos dos seleccionadores e capitães das selecções da FIFA e de um lote de jornalistas. Zidane, que superou os italianos Antonio Conte (campeão de Inglaterra pelo Chelsea, com 11,62%) e Massimiliano Allegri (campeão de Itália e finalista vencido da Liga dos Campeões pela Juventus, com 8,78%), tornou-se também no primeiro a juntar a Bola de Ouro ao prémio de melhor treinador do mundo. O francês foi premiado pela France Football em 1998 (também recebeu o prémio da FIFA para melhor jogador do ano em 1998, 2000 e 2003) e agora foi distinguido pelo trabalho enquanto técnico.
A boa temporada 2016-17 protagonizada pelos dois treinadores portugueses que estavam entre os candidatos ao prémio mas que não integraram o lote de três finalistas foi reconhecido na votação: José Mourinho, que comandou o Manchester United na conquista da Liga Europa, foi o quinto mais votado (5,28%) — atrás dos três que ficaram no pódio e do seleccionador alemão Joachim Löw. E Leonardo Jardim, treinador do Mónaco que se sagrou campeão de França, ficou em sexto, com 4,84% dos votos. À frente de nomes como Carlo Ancelotti, Pep Guardiola ou Luis Enrique.
Tendo conduzido a selecção holandesa ao título de campeã no Campeonato da Europa feminino, Sarina Wiegman foi distinguida como a treinadora da época. O triunfo no Euro 2017 também valeu o prémio de jogadora da temporada a Lieke Martens. A internacional holandesa já tinha sido distinguida como melhor jogadora do torneio e “bisou” com o galardão “The Best”.
O prémio Puskás, que distingue o melhor golo da temporada, foi entregue ao francês Olivier Giroud, do Arsenal, por um golo marcado frente ao Crystal Palace, com um pontapé “à escorpião”.
Gianluigi Buffon foi considerado o melhor guarda-redes de 2016-17 – o italiano da Juventus superou na votação o costa-riquenho Keylor Navas (Real Madrid) e o alemão Manuel Neuer (Bayern Munique).
Francis Koné foi o distinguido com o prémio fair play, pelo auxílio prestado a um adversário que tinha chocado com um companheiro de equipa – o togolês percebeu que o adversário estava a sufocar com a própria língua e interveio prontamente, salvando-lhe a vida.
O “onze” do ano para a FIFPro, sindicato internacional dos futebolistas, foi: Gianluigi Buffon, Dani Alves, Sergio Ramos, Leonardo Bonucci, Marcelo, Luka Modric, Toni Kroos, Iniesta, Lionel Messi, Neymar e Cristiano Ronaldo.
Os melhores adeptos da época foram os escoceses do Celtic, que na última partida da temporada – que coincidiu com o 50.º aniversário da conquista da Taça dos Campeões Europeus em 1967 (no Estádio Nacional, no Jamor) – fizeram uma coreografia a 360 graus no Celtic Park.