Festival CineEco premeia filmes sobre floresta tropical e Guanabara
Coros do Anoitecer, dos italianos Nikia Saravanja e Alessandro D’Emilia, e Baía Urbana, do brasileiro Ricardo Gomes, levam os prémios principais.
Terminou no sábado, na Casa Municipal da Cultura de Seia mais uma edição do CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, que decorreu entre 15 e 21 deste mês, com filmes oriundos de países como o Irão, Chile, Colômbia, Brasil, Rússia, Itália, entre outros. Este festival de cinema é o único em Portugal completamente dedicado à temática ambiental, realizando-se desde há duas décadas. De destacar na programação o espaço reservado a produções lusófonas.
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Terminou no sábado, na Casa Municipal da Cultura de Seia mais uma edição do CineEco – Festival Internacional de Cinema Ambiental da Serra da Estrela, que decorreu entre 15 e 21 deste mês, com filmes oriundos de países como o Irão, Chile, Colômbia, Brasil, Rússia, Itália, entre outros. Este festival de cinema é o único em Portugal completamente dedicado à temática ambiental, realizando-se desde há duas décadas. De destacar na programação o espaço reservado a produções lusófonas.
Sábado, ao final da tarde, foram anunciados os vencedores, tendo o filme croata Coros do Anoitecer, dos realizadores Nika Saravanja e Alessandro D’Emilia, sido o vencedor do Grande Prémio CineEco 2017, na categoria de longas-metragens internacionais. O filme é sobre as experiências do compositor eco-acústico David Monacchi, na sua busca para registar uma paisagem sonora pura e contínua em 3D, no mundo distante e esquecido das florestas tropicais.
Nas restantes categorias, destaque para a competição de filmes de língua portuguesa, com a atribuição do Grande Prémio da Lusofonia a Baía Urbana, do realizador e biólogo brasileiro Ricardo Gomes, sobre as notícias exageradas da pretensa "morte" da baía de Guanabara, no Rio de Janeiro. Gomes filmou e mostrou ao mundo como essa morte anunciada da vida marinha na baía ainda não aconteceu e que pode ser evitada.
Destaque ainda para a categoria de documentários e reportagens para televisão, em que o prémio foi atribuído a Monopólio dos Oceanos, do alemão Alexander Lahl, um filme as fragilidades dos habitats marinhos no maior ecossistema do planeta.
Na mesma categoria, o filme do francês Manuel Deiller, Longyearbyen, uma cidade bipolar, recebeu uma menção honrosa; é um documentário sobre aquela cidade do Ártico, onde a extracção de carvão é a fonte económica de parte da população, que está, segundo alguns, numa corrida contra o tempo e contra si própria.