As tendências do Verão no Portugal Fashion fazem-se com o encontro de gerações de designers

Durante três dias, jovens criadores e nomes consagrados da moda nacional definiram as tendências da Primavera/Verão 2018 na cidade do Porto.

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Já será difícil imaginar o Portugal Fashion sem o espaço Bloom. A plataforma responsável por lançar novos talentos no design de moda português tornou-se uma imagem de marca e abriu a possibilidade de os bloomers passarem (mais tarde) para a passerelle principal, ao lado de nomes consagrados da moda nacional. Foi esta combinação de profissionais que definiu as tendências da colecção Primavera/Verão de 2018. Durante três dias, o Porto acolheu os tecidos leves, as temperaturas quentes e cores da próxima estação.

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Já será difícil imaginar o Portugal Fashion sem o espaço Bloom. A plataforma responsável por lançar novos talentos no design de moda português tornou-se uma imagem de marca e abriu a possibilidade de os bloomers passarem (mais tarde) para a passerelle principal, ao lado de nomes consagrados da moda nacional. Foi esta combinação de profissionais que definiu as tendências da colecção Primavera/Verão de 2018. Durante três dias, o Porto acolheu os tecidos leves, as temperaturas quentes e cores da próxima estação.

O encontro de gerações não definiu o primeiro dia do Portugal Fashion na quinta-feira — exclusivamente dedicado aos talentos emergentes. No Museu do Carro Eléctrico, entre a maquinaria industrial e as carruagens, seis escolas de moda portuguesas como a ESART a participar pela primeira vez e a ESAD presente desde 2010 — com que o PÚBLICO falou — juntaram-se a jovens criadores como David Catalán, Olimpia Davide (Sara Marques) e Inês Torcato.

Com uma colecção exclusivamente masculina, David Catalán intercalou peças oversized com outras mais justas. Desde o azul da ganga até aos bolsos de cor amarela e verde de uma camisa branca — tal e qual a bandeira do Brasil e que combinou com a música brasileira da primeira parte do desfile —, o jovem designer apostou nos materiais impermeáveis de alguns casacos e deixou ver a pele em camisolas de rede.

Inês Torcato, por seu lado, deixou que a cor branca, o preto e o azul apresentassem uma colecção mais fria e crua. Acompanhados de música metal, os vestidos compridos e disformes caracterizaram as mulheres da colecção Self-Portrait (Mirror). No lado dos homens, as camisas, os casacos, calças e as t-shirts com pormenores e nós de um dos lados definiram a natureza misteriosa e dura da colecção.

Já Olimpia Davide, marca de Sara Marques, recolheu mais uma vez inspiração nas memórias de infância — característica que faz parte da sua identidade como designer. Na colecção Primavera/Verão, os pormenores do vestuário dos avós ganharam nova vida: as aparentes saias compridas das modelos eram afinal uma espécie de aventais com padrões e as camisas brancas e coloridas inspiraram-se no roupeiro do avô.

A Alfândega do Porto recebeu na sexta-feira os desfiles de designers como Estelita Mendonça e Susana Bettencourt, que começaram no espaço Bloom, e Miguel Vieira, prestes a celebrar 30 anos de carreira em 2018.

Estelita Mendonça imprimiu riscas azuis e brancas em casacos e calças e deu também sugestões para dias de chuva com gabardines e casacos impermeáveis. Já Susana Bettencourt inspirou-se na marcha das mulheres de Janeiro de 2017 para criar Creative Resistance. Os uniformes de aviação dos anos 70 deram cor aos padrões das peças e marcaram a silhueta de uma mulher jovem e decidida.

A finalizar a comemoração de dez anos de carreira, Diogo Miranda deixou que os volumes nas mangas, os laços e os vestidos justos encarnassem a habitual mulher sensual das suas colecções. Miguel Vieira rematou o segundo dia de Portugal Fashion com uma antevisão do que poderá ser o ano do 30.º aniversário da marca: linhas sóbrias e elegantes pontuadas com cores neutras.

A fechar o último dia do evento,  ontem, Katty Xiomara, Luís Buchinho e Nuno Baltazar mostraram porque é que são uns veteranos nestas andanças. A designer luso-venezuelana lembrou Miami dos anos 60 numa linha que tinha tanto de romântica como de refrescante. Já o criador natural de Setúbal apresentou uma linha desportiva e fluida para o Verão de 2018. Por fim, com Nuno Baltazar, uma linha clássica e sofisticada viu-se tanto em homens como mulheres: camisas abertas e fatos para eles e transparências e calças de cintura subida para elas.