UE apoia com firmeza posição espanhola contra a Catalunha
A anunciada declaração de independência daquela região não está na agenda oficial da Cimeira Europeia, mas o assunto é incontornável e a resposta está pronta e afinada.
A Catalunha não é um assunto europeu, é um assunto interno de Espanha. É esta a posição concertada, ao mais alto nível, nos trabalhos preparatórios da Cimeira Europeia para responder às solicitações daquela região e da opinião pública, em especial dentro do poderoso Partido Popular Europeu (PPE), a que pertence o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy.
A verdade faz-nos mais fortes
Das guerras aos desastres ambientais, da economia às ameaças epidémicas, quando os dias são de incerteza, o jornalismo do Público torna-se o porto de abrigo para os portugueses que querem pensar melhor. Juntos vemos melhor. Dê força à informação responsável que o ajuda entender o mundo, a pensar e decidir.
A Catalunha não é um assunto europeu, é um assunto interno de Espanha. É esta a posição concertada, ao mais alto nível, nos trabalhos preparatórios da Cimeira Europeia para responder às solicitações daquela região e da opinião pública, em especial dentro do poderoso Partido Popular Europeu (PPE), a que pertence o presidente do Governo espanhol, Mariano Rajoy.
“A Espanha é um país democrático, constitucional, que pode resolver os seus problemas. Para isto se tornar um assunto europeu, o sistema constitucional teria de falhar. Até agora não vemos nenhum sinal de que Espanha não consiga resolver os seus problemas”, diz uma fonte da presidência do Conselho da UE, actualmente a cargo da Estónia.
Ou, como ouviu o PÚBLICO de fonte próxima do presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, “não iremos saltar os problemas constitucionais internos de Espanha, porque não temos competência para tal, nem nenhum papel a desempenhar nesse processo”.
Por outras palavras, a UE não tem “apetite” por divisionismos internos dos Estados-membros, pois isso seria abrir uma caixa de Pandora que ninguém sabe onde poderia terminar. O próprio Juncker afirmou, na semana passada no Luxemburgo, que não quer uma Europa a 98, pois a 28 já é complicado.
A Catalunha é um dos temas que, embora não façam parte da agenda oficial desta cimeira, estarão sem dúvida em cima da mesa. E a resposta está afinada. Um membro da cúpula do PPE junta outro argumento para esta posição europeia: “Teme-se um efeito dominó. Muitos grupos de extrema-direita e populistas de toda a Europa estão na sombra, a ver o que acontece na Catalunha, e é por isso que a maior parte dos partidos está unida ao lado de Espanha e contra a independência da Catalunha”.
A jornalista viajou a convite do PPE